IF Goiano aprova projetos em edital do Ministério da Igualdade Racial

O Instituto Federal Goiano (IF Goiano) celebra a aprovação de três projetos submetidos por membros dos Núcleos de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABIs) da instituição no Edital 007/2024, promovido pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos - FINATEC em parceria com o Ministério da Igualdade Racial. As propostas aprovados integram o Projeto Redes Antirracistas, que fomenta ações de ensino, pesquisa e extensão voltadas à promoção da igualdade racial e inclusão social e tem como objetivo principal fortalecer núcleos como os NEABIs e incentivar pesquisas que abordem temas de impacto social, como a educação das relações étnico-raciais, racismo ambiental, comunidades quilombolas, racismo algorítmico e afrofuturismo. O edital selecionou 40 projetos em âmbito nacional, sendo os três aprovados pelo IF Goiano.

Uma das propostas aprovadas intitulada "Cultura negra em sala de aula", coordenada pela professora do Campus Morrinhos, Andreia Santos Cezário, realiza uma análise das representações étnico-raciais nos livros da coletânea Se Liga nas Linguagens. Segundo a coordenadora, o objetivo é identificar lacunas na abordagem do tema e desenvolver materiais complementares para suprir essas falhas. "Vamos realizar um minicurso de formação para professores, focado nas questões étnico-raciais identificadas,” explica Andreia.

O projeto "Abril Indígena: Valorização Cultural e Defesa de Direitos dos Povos Originários", também aprovado no edital e coordenado pelo servidor Paulo Jean Pereira Alves, promove debates e ações sobre escolarização indígena e inclusão cultural. “O Campus Urutaí é o que mais recebe estudantes indígenas no IF Goiano, especialmente da etnia Xakriabá. A iniciativa reforça o compromisso da instituição com políticas antirracistas e reconhece a importância de contextualizar as vivências desses estudantes no ambiente acadêmico,” destaca Paulo. Ele ressalta o trabalho dos bolsistas do projeto Kelvis Duank Ribeiro de Oliveira e Kelly Gonçalves Bizerra, ambos estudantes do IF Goiano - Campus Urutaí e indígenas da etnia Xakriabá.

Já o Programa de Educação das Relações Étnico-Raciais (Pro-ERER), também aprovado no edital, é desenvolvido pela professora Cristiane Maria Ribeiro, do Campus Urutaí e une ensino, pesquisa e extensão para implementar práticas pedagógicas antirracistas e fortalecer o cumprimento das Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008. “Esse programa é uma oportunidade de ampliar o debate sobre o racismo estrutural e fomentar a criação de práticas pedagógicas antirracistas. Além disso, ele oferece suporte para estudantes e educadores interessados em trabalhar com o tema de forma prática e transformadora,” afirma Cristiane. Ela também destacou a importância do financiamento para a execução do programa: “A aprovação no edital mostra que o IF Goiano está comprometido em enfrentar o racismo estrutural e promover a inclusão. Espero que um dia o racismo seja apenas parte da história que superamos". A professora Cristiane, inclusive, foi homenageada na manhã de hoje na Câmara Municipal de Goiânia em reconhecimento pelo seu esforço e contribuição pela igualdade racial e luta antirracista.

Andreia, Paulo Jean e Cristiane, servidores do IF Goiano que tiveram projetos aprovados no edital da FINATEC em parceria com o Ministério da Igualdade Racial.