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Práticas Educativas

IF Goiano promove narrativas sobre docência africana

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Publicado: Terça, 18 de Novembro de 2025, 12h43 | Última atualização em Segunda, 24 de Novembro de 2025, 17h32 | Acessos: 358

Ação é fruto de pesquisa realizada em escolas de campo da Angola e gerou relatório pós-doutoral, exposições fotográficas e documentário. Trabalho fortalece o processo de internacionalização do Programa de Formação de Professores em Práticas Educativas (Profppe), do Campus Rio Verde.

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Com o objetivo de fortalecer o processo de internacionalização na Instituição, o Programa de Pós-Graduação de Formação de Professores em Práticas Educativas (Profppe), do Campus Rio Verde, apresenta os resultados de pesquisa realizada com docentes angolanos e amplia o diálogo entre Brasil e África sobre práticas educativas. As narrativas coletadas em escolas de campo da Angola geraram um relatório pós-doutoral, exposições fotográficas e um documentário. 

O estudo é conduzido pelo docente permanente do Profppe e do Centro de Estudos Rosa dos Saberes, José Henrique Rodrigues Machado, que passou 22 dias, durante o mês de outubro, em escolas de campo angolanas para ouvir professores e registrar práticas educativas locais. Fazem parte da equipe também o mestrando em Administração, do Campus Rio Verde, Ygor Eduardo, e o professor Ezequiel Pedro, da escola rural de Huambo, Angola. Além do relatório pós-doutoral, a partir dos relatos serão produzidos pelo menos três dossiês: um que leve em conta os professores e suas narrativas, outro referente aos professores e alunos e o terceiro com foco nos professores e suas narrativas no sistema educacional. Além disso, foram produzidas mostras fotográficas, que estão expostas na Reitoria e no Campus Rio Verde, e um documentário que está disponível no youtube (veja link abaixo).

Os produtos gerados buscam ampliar a compreensão do público sobre a docência africana e sobre o lugar da educação no conjunto dos países de língua portuguesa. Para o professor, o documentário e as exposições funcionam como instrumentos de debate e visibilidade, permitindo que teorias estudadas na pós-graduação possam ser discutidas a partir de imagens, vozes e vivências. “Esses produtos passam a ser ferramentas práticas para discussão de teorias que a gente vê e que a gente executa nas nossas escritas e que estão muito próximas, então essa pesquisa permitiu que que os processos educativos em língua portuguesa fossem em algum ponto acomodados, em algum ponto vistos, em algum ponto utilizados”, afirma.

O professor explica que, ao reunir narrativas de docentes africanos, o trabalho evidencia aproximações entre os sistemas educacionais dos países de língua portuguesa e aponta tensões semelhantes, sobretudo no que diz respeito às condições de trabalho, à infraestrutura das escolas, à remuneração e à escassez de materiais. Segundo José Henrique, ponderando as proporções, é possível perceber que questões enfrentadas no Brasil também se manifestam no contexto angolano, o que reforça a relevância de pesquisas que conectem realidades do campo em diferentes territórios.

A pesquisa também destaca impactos do legado da colonização portuguesa nas práticas educativas. O apagamento de línguas nativas, fenômeno histórico no Brasil, ainda ocorre em Angola, onde muitos estudantes falam seus idiomas nacionais, mas são obrigados a adotar apenas o português como língua escolar. Para o docente, compreender essas tensões é fundamental para fortalecer perspectivas de decolonialidade e construir “uma nova história de mentalidades” nos sistemas de ensino.

Ao avançar em parcerias internacionais, o trabalho contribui para a consolidação da internacionalização do Profppe e do IF Goiano. A instituição passa a integrar, de forma mais direta, debates sobre formação docente em países irmãos, aproximando pesquisas, práticas e desafios comuns. Para a coordenadora de Assuntos Internacionais do IF Goiano, Lídia Morais, a internacionalização na Instituição ultrapassa o conceito de intercâmbio acadêmico e se afirma como um compromisso ético e formativo, com a valorização da diversidade linguística e cultural dos povos da diáspora africana. “Internacionalizar é também reconhecer as vozes que a história tentou silenciar e construir uma ciência que fala a partir de múltiplos territórios e experiências de mundo”, destaca. 

No mês da Consciência Negra, a pesquisa reafirma também a importância do intercâmbio com países africanos para o fortalecimento das reflexões sobre educação, identidade e memória. Ao apresentar realidades que dialogam com a formação docente brasileira, o trabalho amplia horizontes e reforça o compromisso do IF Goiano com práticas acadêmicas que promovem diversidade, pluralidade e vínculos internacionais.

 

Clique e veja o documentário

 

Diretoria de Comunicação Social

 

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