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Bio 10: os dez anos do curso de Ciências Biológicas

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Publicado: Quarta, 11 de Setembro de 2019, 12h18 | Última atualização em Terça, 24 de Setembro de 2019, 13h55 | Acessos: 1739

Primeira graduação ofertada pelo Campus Ceres, a Licenciatura em Ciências Biológicas celebra uma década de implantação. As comemorações se iniciaram em 09 de setembro e seguem até dia 13, quando ocorrerá o Baile dos Biólogos

Por Tiago Gebrim
Fotos: Alexandre Oliveira

 

 

O Instituto Federal Goiano (IF Goiano) deu início na noite desta segunda-feira, 09 de setembro, à Bio 10 – semana de comemoração aos 10 anos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Campus Ceres. A solenidade de abertura foi realizada no Auditório da unidade ceresina, com presença de autoridades da Reitoria e do Conselho Regional de Biologia – seção de Goiás.

O curso de Ciências Biológicas foi o pioneiro na oferta de graduação pelo Campus Ceres. Ele foi criado em 2009, tendo sua primeira turma ingressado pouco mais de seis meses após a transformação da Escola Agrotécnica Federal de Ceres (EAFCe) em Instituto Federal Goiano, com exatos 40 estudantes.

Dez anos depois, o curso está consolidado no Vale de São Patrício como oferta da área de Educação. A infraestrutura, que no início carecia até mesmo de salas de aulas próprias, conta hoje com laboratórios específicos, como os de Zoologia, Anatomia, Botânica, Microbiologia, Biologia, Fisiologia Vegetal, Microscopia e o recém-inaugurado Laboratório de Práticas Pedagógicas.

Comemorar era quase uma obrigação, mas o desenho da Bio 10 foi realizado pelo trabalho da coordenação de curso junto a alguns professores da área e de estudantes, especialmente os do Centro Acadêmico. Como resultado, elaboraram uma programação de uma semana para marcar o primeiro decênio da graduação, que ao longo dos anos já pôs no mercado de trabalho mais de 120 licenciados em Ciências Biológicas.

A própria abertura do evento envolveu um resgate histórico, iniciado com apresentação do coordenador do curso, o docente Thiago Qualhato. Ele trouxe curiosidades sobre o número de formados – 128 até o mês de agosto –, a evolução do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas na participação em projetos de Iniciação Científica e a estrutura atualmente disponível para os estudantes da graduação.

São mudanças notáveis: o curso, que começou com apenas dois professores dividindo as disciplinas ofertadas no primeiro período, ainda em 2009, atualmente possui 38 docentes dedicados a essa formação. A evolução da participação na pesquisa já é mais recente, embora significativa: nos últimos três anos, a participação dos estudantes de Ciências Biológicas saltou de apenas cinco para 19 projetos. A infraestrutura ultrapassa uma dezena de laboratórios, além de áreas para experimentos em campo.

O que mais chamou atenção, entretanto, foi a participação especial de egressos do curso de Ciências Biológicas, que colaboraram enviando fotos ou vídeos mostrando com o que estão trabalhando: de pesquisadores a professores de pequenas escolas municipais, foram muitas pessoas compartilhando como aplicam no cotidiano o que aprenderam e vivenciaram no curso. Não parou por aí: também colaboraram professores que já atuaram no curso e hoje estão em outras instituições ou unidades, ou professores que estão afastados para capacitação. Todos, egressos e profissionais, dedicaram atenção e carinho especial ao primeiro curso de graduação do campus.

 


O professor Thiago Qualhato, atual coordenador do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas

 

CRBio e mesa redonda histórica – Ainda dentro da abertura do evento, houve espaço dedicado ao biólogo Humberto Ribeiro, subdelegado da 4ª região do Conselho Regional de Biologia. Ribeiro fez uma fala voltada aos estudantes, explicando a atuação do Conselho e desmistificando as inverdades comumente imputada a vários órgãos do gênero, de que serve para burocratizar e atrapalhar a vida do profissional.

“Estamos aqui é para defender e representar vocês. Nós temos até um pedido, que nos ajudem a chegar a outras instituições”, falou o subdelegado. “Nós vamos muito à PUC e à UFG, mas este é o segundo IF que nos convida”, atentou Ribeiro, enfatizando que o CRBio precisa ser conhecido e ter suas funções mais difundidas entre os bacharelandos e licenciandos em Biologia. Sobre uma das dúvidas mais recorrentes, que é a da atuação do licenciado como biólogo, o representante foi bastante claro: “o que é exigido é o cumprimento de 3.200 horas de conteúdo biológico. O que é isso: são disciplinas de Meio Ambiente, Saúde e Biotecnologia”. Havendo essa carga horária no currículo, o licenciado poderá atuar como biólogo sem impasse, explicou Ribeiro.

Finalizada a apresentação reservada ao CRBio, teve vez a mesa redonda Histórico, Desafios e Evolução do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas no Campus Ceres. Proposta como principal atração da abertura, a mesa foi composta por pessoas representativas da estruturação e início do curso: o diretor-geral à época da implantação da graduação, Elias Monteiro, atual pró-reitor de Desenvolvimento Institucional do Instituto, a docente Elisabeth Canettieri, primeira coordenadora do curso, o docente Suelino Silva, primeiro professor do curso, e os egressos da primeira turma de Ciências Biológicas, Elvis Morais e Rafaela Silveira Sousa.

 


(Esq. para dir.) Elvis Morais, Elisabeth Canettieri, Elias Monteiro, Suelino Silva e Rafaela Sousa na mesa redonda Histórico, Desafios e Evolução do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas no Campus Ceres

 

O momento, descontraído, serviu para reacender memórias e também passar aos estudantes detalhes sobre desafios e decisões importantes que possibilitaram chegar ao que se tem hoje. “Quando nós chegamos, recebemos bonitas salas, vassouras, balde, poeira”, brincou Canettieri. “Todos os dias tínhamos que lavar as salas, nós mesmos. Equipamentos, bem, nós recebemos equipamentos, mas eram do Ensino Médio, já tinham passado pelo Ensino Médio, alguns até bastante desgastados”, narra a ex-coordenadora.

A época do surgimento, a transformação da EAFCe em IF Goiano, reservava muitas dúvidas e dificuldades. Foi o que contou Elias Monteiro: “Há dez anos estávamos aqui na EAFCe discutindo se teríamos condições de abrir um curso superior. Não tínhamos. [Eram somente] dois professores, nenhuma estrutura. 'Vamos ser protagonistas da história. Vamos abrir, vamos começar, vai dar certo'. E assim o fizemos. Hoje, olha o curso de Biologia, olha os outros cursos que estão implementados nesta unidade”, concluiu.

“Gente, era um sufoco quando não tinha professores. No início do curso era tudo muito precário. Livros, biblioteca, programas de valorização à docência, o próprio auditório. Não tinha nada disso”, lembrou o egresso Elvis Morais. “Eram muitas aulas, íamos só o Suelino e o Iron, todos os dias. Não sei como os estudantes não enjoavam da nossa cara, era Suelino e Iron, Iron e Suelino”, concordou o professor Suelino. E logo depois, ressaltou o apoio da unidade para a implantação do curso: “Tivemos uma colaboração muito grande da escola em si. Temos muito a agradecer. Você vê os laboratórios que nós temos, vê onde os nossos estudantes chegaram”.

Gratidão foi uma palavra recorrente na mesa redonda. A estudante Rafaela, por exemplo, hoje finalizando seu doutoramento na Universidade de Brasília, chamou atenção para o legado do Campus Ceres em sua trajetória. “Só foi possível chegar a esta etapa por ter passado por aqui”. O mesmo sentimento compartilha o egresso Elvis, que antes de Ciências Biológicas foi estudante do curso técnico em Meio Ambiente: “Hoje eu sou quem sou por causa desta Instituição”.

Ambos os egressos falaram sobre a necessidade de valorizar as conquistas do curso nestes dez anos, principalmente no que se refere a laboratórios e professores. “A estrutura que vocês têm agora é muito bonita”, disse Rafaela. “[Eu] tive o privilégio de 'abrir' o Laboratório de Microbiologia para fazer meu trabalho de conclusão de curso”, conta. Elvis enfatizou a dificuldade para se conseguir material de estudo, pois não havia livros e, quando os que eram solicitados chegavam à biblioteca, o semestre já havia acabado. “É preciso ter sim valorização pelos estudantes atuais do que se tem aqui hoje”, afirmou.

O protagonismo dos estudantes foi algo salientado pelo pró-reitor Elias Monteiro como imprescindível para conseguir vencer as dificuldades que se apresentaram na implantação do curso. Para ele, a forma de enfrentar situações como aquelas define como nos portaremos em nossa própria vida. “Nós podemos fazer a diferença. Problemas tem, mas se nós formos arrumar desculpa nós arrumamos para tudo na vida e, com o perdão da palavra, seremos eternos desgraçados. Então não adianta fazer isso. Adianta, sim, bater a poeira, levantar a cabeça, usufruir da estrutura que temos, lutar e vencer”, ensinou o professor.

 

 

 

 

Ascom Campus Ceres

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