IF Goiano e Embrapa lançam projeto para produção de grãos com bioinsumos
Projeto aprovado junto ao Mapa prevê instalação de três unidades de estudo do uso de bioinsumos no estado. Além de Ceres, haverá unidades em Santo Antônio de Goiás e Morrinhos
Por Tiago Gebrim
Fotos: Tiago Gebrim
Nesta quinta-feira, 31 de agosto, o Campus Ceres do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) recebeu os pesquisadores da Embrapa Arroz e Feijão Adriano Nascente e Marta Cristina Filippi, para o lançamento do projeto projeto Produção de Grãos com bioinsumos em sistema integrado sustentável no Cerrado, uma parceria das duas instituições. O projeto, que será desenvolvido ao longo de três anos, ofertará possibilidades de pesquisa para estudantes do Campus Ceres, além de evidenciar a Instituição como parceiro da Embrapa na condução de pesquisas no estado de Goiás.
Adriano explica que o projeto integra uma iniciativa do Ministério da Agricultura, Planejamento e Abastecimento (Mapa) para a divulgação do uso de bioinsumos em sistemas agrícolas, tendo sido aprovado no início de 2023. Para o pesquisador, o Campus Ceres foi escolhido por ser uma referência de confiança na seriedade da condução de projetos. “Não tivemos dúvidas em fazer a parceria com o Campus Ceres para instalação de um dos polos de bioinsumos. O IF foi escolhido por ter área própria destinada à pesquisa, que nos dá segurança da permanência dos projetos, além de envolver estudantes para participação, ter maquinário… É um grande parceiro nosso”, explica.
Adriano Nascente, da Embrapa Arroz e Feijão
Na proposta do projeto, o Campus Ceres será responsável por ceder a área destinada ao plantio, cuidar da irrigação e fornecer maquinário agrícola, quando necessário. Já a Embrapa vai arcar com os custos relacionados ao projeto, como fertilizantes, óleo diesel para os tratores, defensivos agrícolas, análises de solo, entre outros. Além disso, vai acompanhar e se responsabilizar por todas as etapas do projeto, como plantio e colheita das culturas. A parceria não se limita a isso, contudo: os estudantes serão parte especial deste projeto, atuando como estagiários da própria Embrapa para acompanhar o desenvolvimento das culturas.
“O projeto prevê uma bolsa de pesquisa, no valor de R$ 1.500, para um estudante do Campus, além dos estagiários, que serão vinculados à própria Embrapa”, explica Adriano. A bolsa terá duração de até 3 anos e se destinará ao discente que será o responsável por manter os pesquisadores da Embrapa a par de todo o andamento do projeto. Já a equipe de estagiários irá acompanhar o experimento e aprender as técnicas de cultivo de soja, feijão, milho, arroz e plantas de cobertura, estando em contato direto com os profissionais da Embrapa voltados a essa área.
Para o pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do IF Goiano, Alan Costa, o projeto se insere dentro do escopo dos Institutos Federais, que é o de desenvolver e testar a tecnologia, entregando-a pronta para a sociedade. “O produtor precisa só que funcione. Pesquisa quem faz é a Embrapa, somos nós do IF Goiano. Extensão, Emater. O produtor precisa receber a tecnologia e não testá-la”, afirmou. O diretor-geral da unidade, Cleiton Mateus, enfatizou essa perspectiva: “[Este projeto] é uma possibilidade de desenvolvermos tecnologia a partir do nosso cenário, com as nossas condições, em vez de trazer modelos de outros estados”.
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