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Um jeito diferente de ensinar

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Publicado: Segunda, 29 de Abril de 2024, 14h35 | Última atualização em Terça, 21 de Mai de 2024, 18h12 | Acessos: 186

Concurso Diamante da Educação classificou 13 propostas, divididas em cinco categorias. Foram 10 cidades de Goiás contempladas, além dos estados de Mato Grosso e Santa Catarina

Classificados, durante a cerimônia de premiação, recebendo os troféus pelas experiências de ensino inovadoras
imagem sem descrição.

Quase todos os professores classificados no Diamante da Educação estiveram presentes na cerimônia de entrega do prêmio, realizada na noite de quarta-feira24, durante o V Encontro de Licenciaturas e Pesquisa em Educação (Elped), no Campus Iporá. A iniciativa reconheceu experiências inovadoras de ensino da Educação Básica e Profissional de todo o país. Ao todo foram 13 classificados em cinco categorias, de dez cidades goianas, Santa Catarina e do Mato Grosso, entre as 50 inscritas de diversas cidades brasileiras. 

Um deles é professor de arte e educação física Jovair Batista de Jesus, segundo lugar na categoria Anos finais do Ensino Fundamental II (6ª ao 9º ano). Jovair foi reconhecido pelo projeto “Da dança que se pensa à dança que se dança”, fruto de seu mestrado em Arte desenvolvido no ano de 2022 na Escola Municipal Rural Vale do Rio Doce, em Rio Verde. 

A dança sempre esteve presente nas aulas do professor e foi a linha de pesquisa escolhida no mestrado. A ideia principal foi mostrar que todo mundo dança, mesmo afirmando que não. “Antes mesmo da linguagem oral, os bebês dançam, às vezes seguram na parede, começam a se balançar quando ouvem o ritmo de uma música. A gente, sem se dar conta, dança quando escova os dentes, ouve uma música no vizinho”, justifica o pesquisador. 

Ao levar essa premissa para a sala de aula, Jovair propôs aos estudantes gravar um vídeo com um trecho de coreografia que fazia parte do dia a dia das crianças. “90% delas enviaram a música ‘desenrola, bate e joga de ladinho’, o que mostra que as experiências de dança dos alunos desta faixa etária, mesmo morando na zona rural, eram as danças midiáticas, vindas de redes sociais”, conta. “É uma coreografia viral, que surge com muita potência e depois vai embora, mas as crianças gostam porque é fácil e já é dada pronta”, complementa. 

A partir desse resultado, Jovair propôs aos estudantes aulas de experimentação corporal utilizando as ações dos verbos desenrolar, bater e jogar, selecionando – eles próprios – seis movimentos que consideraram mais interessantes. Então, com esses novos movimentos, os alunos foram desafiados a criarem novas coreografias, autorais, a partir de suas próprias experiências. 

“As coreografias não foram criadas só na sala de aula, fomos para o jardim, para a sombra da mangueira, para um quiosque abandonado – o que propiciou uma nova estética (veja foto). Além disso, pessoas que viam as crianças dançando se sentiam convidadas a dançar também, e a gente olhava pro lado estava o motorista, a tia da limpeza, a professora de apoio, num movimento contagiante dentro da escola”, relembra.



Vencedora do primeiro lugar nessa mesma categoria, a professora de matemática Schayla Letyelle Costa Pissette viajou mais de 1,5 mil quilômetros de Lajes, Santa Catarina, até Iporá, para participar do Elped, receber seu troféu e, claro, aproveitar ao máximo a cultura goiana. Ela desenvolveu na Escola Municipal de Educação Básica Mutirão o projeto Horta e Matemática: gerando renda e conhecimento, que proporcionou aos estudantes levantar dinheiro para as formaturas e passeio por meio do cultivo e venda de produtor orgânicos na comunidade (foto abaixo). 


“O grande desafio era, a partir da primeira venda, organizar as finanças para continuar plantando, vendendo e ganhando dinheiro, com o intuito de obter o maior lucro possível, com a promessa de ganharem mais 10% de presente no final do ano, em cima do valor arrecadado”, conta a docente. Preocupados em conseguir o maior lucro possível, os estudantes se empenharam, conseguindo mudas de temperos e chás em suas próprias residências, pesquisas sobre métodos de cultivo e estratégias de venda. É claro que atingiram a meta estipulada pelo projeto, que contou com o apoio de dois pibidianos que cursam Matemática e são supervisionados pela professora. 

IF Goiano presente – Outras presenças na cerimônia de premiação do Diamantes foram a dos dois primeiros colocados na categoria Educação Profissional e Tecnológica – ambos docentes do Instituto Federal Goiano. Classificado em primeiro lugar, o professor Fabiano José Ferreira Arantes – atual Diretor de Assistência Estudantil da Instituição – levou ao Elped o curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) em produção, comercialização da mandioca e seus derivados e aproveitamento de seus subprodutos. 

A iniciativa é uma ação resultante do projeto Farinhando, resultado de parceria com o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, por meio da da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, junto à Comunidade Quilombola Brejão, no munícipio de Campos Belos. Participaram das aulas 30 estudantes, membros da comunidade, com idades entre 18 e 70 anos. 

Durante um ano, eles tiveram a oportunidade de desenvolver diversas atividades para capacitar os agricultores familiares da região (veja foto). O objetivo foi proporcionar o resgate de uma cultura e tradição, fortalecer a identidade da comunidade, aquecer o arranjo produtivo local e gerar renda, garantir segurança alimentar, desenvolver o associativismo e cooperativismo. “Este projeto nasceu da inquietação em construir ações concretas que pudessem promover mais dignidade, esperança, desenvolvimento e geração de renda junto às comunidades quilombolas no nordeste goiano”, relata Fabiano.



O segundo colocado na categoria Educação Profissional e Tecnológica foi o professor Thiago Qualhato, do Campus Ceres, com o projeto o Itinerância do laboratório de anatomia: uma perspectiva inclusiva. A iniciativa – que completa dez anos em 2024 – consiste em levar os licenciandos em Ciências Biológicas para escolas da educação básica da região norte do Estado de Goiás, conectando-os ao futuro campo de trabalho desses graduandos. 

Mas o trabalho não se limita a isso. Durante a passagem pelas escolas, os visitantes levam uma variedade enorme de materiais oriundos do laboratório de anatomia, fruto de doações (veja foto). Entre esses objetos há peças anatômicas naturais e sintéticas, esqueletos e crânios de animais domésticos e silvestres do cerrado, além de recursos didáticos desenvolvidos pelos próprios estudantes de graduação.


Entre as ações realizadas nas escolas são realizadas a "Feira Anatômica", proporcionando aos estudantes a oportunidade de interagir com essas peças anatômicas, gerando debates e despertando curiosidade. Além disso, são conduzidas as "Oficinas Anatômicas" com atividades práticas diversas, como a montagem de esqueletos. Durante essas atividades, temas como Anatomia, Fisiologia e Embriologia humana e animal são abordados junto com discussões sobre divulgação da ciência e autopercepção corporal. 

Critério - “Os trabalhos inscritos e classificados são práticas inovadoras que passaram por uma comissão criteriosa formada professores de instituições do Brasil e Portugal”, lembra uma das coordenadoras do Diamante da Educação, Rosenilde Paniago. Esta é a terceira vez que o IF Goiano promove o prêmio e a segunda como parte do Elped.

 

Confira todos os aprovados no Diamante da Educação

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Redação Oficial do V Elped - IF Goiano 

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