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Campus Ceres assina convênio para projeto na área de Meio Ambiente

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Publicado: Terça, 13 de Dezembro de 2016, 23h38 | Última atualização em Terça, 14 de Fevereiro de 2017, 18h57 | Acessos: 2013

Convênio foi assinado na última quinta-feira, 08, e prevê a destinação de R$ 500 mil em recursos para reflorestamento de nascentes. Projeto permitirá práticas laboratoriais para diversos cursos do campus

O Campus Ceres do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) assinou, na última quinta-feira, 08 de dezembro, convênio com a Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos de Goiás (Secima), para execução de projeto para reflorestamento de nascentes em cidades do Território Rural Serra da Mesa, em Goiás. O projeto, denominado Alma Lavada, foi contemplado pelo Edital nº 001/2015 do Fundo Estadual do Meio Ambiente (Fema), com destinação de R$ 500 mil para sua realização. Além do Campus Ceres, que foi o proponente, o projeto também terá participação da Associação Raízes da Floresta, como executora, da Saneamento de Goiás (Saneago), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do Colegiado Territorial Serra da Mesa, da Diocese de Uruaçu e das prefeituras dos municípios de São Luiz do Norte, Barro Alto, Hidrolina, Nova Iguaçu de Goiás e Niquelândia.

Para o diretor-geral do Campus Ceres, Cleiton Mateus, a aprovação do projeto Alma Lavada é motivo de comemoração para a unidade, em pelo menos duas ênfases. Primeiro, pelo pioneirismo: é a primeira vez que o IF Goiano tem um projeto contemplado em editais da Fema. E, principalmente, pelas possibilidades de envolvimento dos estudantes do campus em todas as etapas de execução do projeto. "Além dos benefícios para a sociedade, este projeto é instrumento em que se aplica as práticas de ensino, com aulas práticas e atividades de plantio e acompanhamento, a pesquisa científica, com avaliação do comportamento das espécies selecionadas, por exemplo, e extensão, com a criação de unidades demonstrativas para realização de eventos em que serão expostas as etapas já concluídas e os resultados do reflorestamento".

Alma Lavada - O projeto contemplado pelo edital da Fema tem suas origens em um projeto de extensão realizada há anos atrás, sob coordenação do docente do Campus Ceres Luís Sérgio Vale. Por meio do projeto de extensão, fez-se um diagnóstico inicial das áreas de municípios do Território Rural Serra da Mesa em que se fazia necessário o reflorestamento das nascentes. Desde então, obteve-se a autorização, por parte dos proprietários das terras em que se localizam as nascentes, para a realização do trabalho. A iniciativa resultou na proposta Alma Lavada, que será desenvolvida pela mesma equipe do projeto anterior: o professor Luís Sérgio Vale, como coordenador, a bióloga Mônica de Castro Pinto, a assessora de Comunicação Maria Cristina de Castro e o engenheiro agrônomo Tiago Damasceno.

A abrangência do projeto é significativa. "O objetivo do Alma Lavada é recuperar e proteger 16 nascentes e áreas de preservação permanente em cinco municípios do Território Rural Serra da Mesa: São Luiz do Norte, Barro Alto, Nova Iguaçu de Goiás, Hidrolina e Niquelândia", explica o professor Luís Sérgio Vale. Para que se chegue a este resultado, será montada uma grande força de trabalho, envolvendo todos os parceiros do projeto e o Campus Ceres, onde será realizada a produção das mudas para o reflorestamento. O coordenador informa que, ao final, ainda serão instaladas colmeias para produção de mel nas áreas recuperadas.

O Alma Lavada terá início com a pesquisa, seleção e coleta de sementes de plantas nativas da região, as quais serão utilizadas na produção de mudas. "Nessa etapa podemos realizar uma atividade prática envolvendo os estudantes do curso técnico em Meio Ambiente e superior em Ciências Biológicas", informa Cleiton, enfatizando o envolvimento dos estudantes na execução do projeto. Em seguida, será realizado o plantio das mudas, em estufa que será construída no Campus Ceres para esse fim, "que poderá ter participação dos estudantes em Agropecuária e Agronomia, por exemplo", arremata o diretor-geral. Por fim, as mudas serão transportadas para as áreas, a fim de que seja realizado o plantio.

O projeto deve começar a ser executado logo no início de 2017, após a liberação dos recursos pela Fema. A duração prevista para execução do projeto é de dois anos, mas é possível que outras ações possam surgir a partir do plantio. "É prevista a realização de cursos, oficinas e treinamentos para a comunidade envolvida no projeto", informa Luís Sérgio Vale, enfatizando que as ações de conservação necessitam ser permanentes. "É possível desenvolver pesquisas também nessa etapa. Por exemplo, sobre a alteração no volume de água das nascentes antes e depois do reflorestamento. Ou da sobrevivência das mudas", sugere Cleiton. A aprovação do projeto Alma Lavada é, portanto, uma demonstração da via de mão dupla que deve existir entre Instituição de Ensino e a sociedade, em que as atividades e resultados trazem benefícios a ambas.



Reunião para assinatura do convênio com a Secima. À esquerda da mesa, Cleiton Mateus, o diretor de Administração e Planejamento do campus, Hamilton Cunha, e o professor Luís Sérgio Vale (Crédito: Secima)



Ascom Campus Ceres

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