4ª Feira da Diversidade Cultural abre espaço para temas sociais
Evento, criado em 2014, trata da diversidade cultural, de história e geopolítica das regiões brasileiras. Na edição deste ano, passou a trabalhar também questões como intolerância, racismo e bullying
Texto: Tiago Gebrim
Fotos: Mateus Gonçalves
Nesta segunda-feira, 21 de agosto, o Campus Ceres foi palco, mais uma vez, de uma multiplicidade de cores, ritmos e sabores. Era a quarta edição da Feira da Diversidade Cultural, ou, como é popularmente chamada, Feira das Regiões. O evento abriu a Semana de Integração dos Cursos Técnicos (IntegraTec) da unidade, e trouxe aspectos culturais e sociopolíticos, comidas típicas, vestimentas e danças das cinco regiões brasileiras, além de outras países. A programação incluiu apresentações artísticas, exposições de trabalhos e degustação e venda de alimentos.
A Feira da Diversidade Cultural se originou em 2014, trazendo apresentações sobre as cinco regiões brasileiras, que foram trabalhadas pelos estudantes formandos dos cursos técnicos naquele ano. Desde então, o projeto se ampliou. Em 2016, na sua terceira edição, passou a abranger não só a cultura brasileira, mas também as de outros continentes, incluindo também os estudantes das demais séries dos cursos. Em 2017, a ideia foi dar um destaque, também, a temas socialmente relevantes, principalmente no contexto da formação dos cidadãos. Assim, foram incluídos temas como a diversidade étnica e racial, as variedades linguísticas, a laicidade e as múltiplas culturas religiosas.
“A cada ano que passa, tentamos aprimorar o evento. Esse ano trouxemos como novidade apresentações artísticas e culturais que abordavam temas que englobam a diversidade, como as variedades linguísticas, religião e laicidade; o bullying; a inclusão de pessoas com necessidades especiais; a diversidade étnica e racial; xenofobia e diversidade de gênero”, conta a coordenadora da quarta edição da Feira, a professora Solange Corsi. Para ela, o nível de comprometimento dos estudantes demonstrou que as expectativas forma atendidas. “Todas as turmas participaram. Cada uma contou com o apoio de um professor coordenador que deu todo o suporte necessário aos estudantes, sugerindo os tipos de apresentações, as danças típicas, os pratos gastronômicos, escolhas dos países, etc.”, explica.
Discussão necessária – Ao trazer para o debate as peculiaridades que formam o mosaico cultural que é o Brasil – um país de dimensões continentais –, a Feira se apresenta como um exercício de compreensão do diferente, do desconhecido. Atividades assim, opina Corsi, são vitais quando se pensa no contexto acadêmico: “A Feira propicia aos nossos estudantes uma ampla reflexão sobre a diversidade e aceitação do diferente, sob diversas perspectivas, conhecendo não apenas a realidade brasileira, tão vasta e complexa, mas também a diversidade de diferentes países e continentes. É um evento que traz à tona a discussão de temas polêmicos que merecem ser debatidos e repensados sob diferentes óticas no espaço escolar”, finaliza.
Além da decoração, estudantes também tiveram o cuidado de selecionar vestimentas que remetessem à história da região representada
Ascom Campus Ceres
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