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Campus Ceres leva Literatura para o Desfile Cívico Estudantil de 2017

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Publicado: Quarta, 06 de Setembro de 2017, 15h13 | Última atualização em Terça, 18 de Setembro de 2018, 18h41 | Acessos: 6537

Desfile ocorreu no dia 04 de setembro e teve participação de mais de 800 estudantes. Foram nove blocos temáticos, explorando gêneros literários de diversas épocas e nacionalidades

"Bentinhos e Capitus" fez homenagem a Machado de Assis, um dos maiores expoentes na Literatura Brasileira
imagem sem descrição.

Leitura, sua importância, suas vertentes, dimensões. As portas, inúmeras e de tamanhos intangíveis, abertas pelo hábito de ler. Livros infantis, quadrinhos, os best-sellers que embalam a juventude atual, os livros de teoria acadêmica. São muitos, por todas as partes, e permanecem com sua importância inabalada, mesmo em plena era digital. Poderia ser essa uma publicidade para nossa biblioteca – que, por sinal, é extraordinária –, mas estamos falando da apresentação do Campus Ceres no Desfile Cívico Estudantil do último 04 de setembro, ocasião em que a cidade de Ceres comemorou seus 64 anos.

O Desfile teve participação de mais de 800 estudantes, pertencentes a todos os cursos do Campus Ceres, do Ensino Técnico ao Mestrado em Irrigação no Cerrado. Por cerca de 80 minutos, nove comissões temáticas, além das tradicionais Fanfarra, Comissão de Frente, Porta-estandartes, Porta-bandeiras e Balizas apresentaram-se à população de Ceres, reunida em peso na Avenida Brasil. Além dos diversos expoentes da literatura, através dos gêneros e dos tempos, o Desfile ainda traz para o conhecimento do público os cursos, serviços e ações desenvolvidas pela unidade, ao longo dos seus 22 anos.

A Fanfarra, com mais de 60 integrantes, neste ano de 2017 apresentou novidades. Além dos tradicionais instrumentos de percussão - pratos, taróis, caixas, bombos, surdos e repique -, a apresentação integrou o sopro, com saxofones alto e tenor, trompete, trombones e clarinetes. Juntos, entoaram Parabéns a Você, para o aniversário de Ceres, e músicas de samba, funk e até baião, com Asa Branca (de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira). 

 


Da mesma forma inovaram as comissões temáticas, ao trazerem apresentações cênicas durante o próprio desfile. Foi o caso, por exemplo, da história de Chapeuzinho Vermelho, contada por meio de uma mini peça teatral, em que a protagonista, a Vovó, o Lobo Mau e o Caçador revezavam-se sobre uma cama improvisada, em plena avenida. Houve, também, duelo de espadas entre Peter Pan e o Capitão Gancho, ou o ataque da Rainha de Copas a Alice: “Cortem a cabeça!”. Mais à frente, na hora dos best-sellers, um grupo preocupado, protegido por dois homens armados, corria de um tropel de zumbis – não precisa de esforço para saber que falamos de The Walking Dead, originalmente uma série em quadrinhos.

 




A literatura nacional também esteve bem representada: dali a pouco via-se um cortejo organizado em trajes e expressões graves, liderada por um senhor e seu caixão – Incidente em Antares, obra de 1971 do gaúcho Érico Veríssimo. Mais alegres e dançantes estavam os estudantes que representaram O Auto da Compadecida, escrita na segunda metade do século XX por Ariano Suassuna e que retrata fortemente os costumes e a religiosidade do sertão nordestino. Tão ou mais impressionante, também, foi o bloco Bentinhos e Capitus, que trouxe estudantes com roupas típicas do fim do século XIX, representando com elegância os personagens de Machado de Assis em uma de suas obras mais conhecidas, Dom Casmurro.

Outros destaques foram os estudantes dos cursos de Informática, Administração e Sistemas de Informação, que representaram A evolução dos meios de leitura, numa passagem da escrita rupestre passando pelo papiro, pelo couro e chegando ao papel e aos displays. Estes últimos foram exibidos por meio de tablets e smartphones, que traziam mensagens aos espectadores. Por fim, encerrando o Desfile do Campus Ceres, os graduandos em Agronomia, Zootecnia e do Mestrado em Irrigação no Cerrado representaram a literatura técnica e científica, crucial para o desenvolvimento da sociedade em todas as suas áreas, e para a consubstanciação da Ciência como hoje a temos.


 

Conheça as comissões temáticas do Desfile Estudantil de 2017:

  • Alfabeto: Alunos do IF Goiano Campus Ceres abrem a comissão temática com a representação do alfabeto, que desempenha um papel de grande importância no processo de ensino-aprendizagem, focado no letramento (alfabetização), o que habilitará o aluno para a compreensão leitora, valorizando também seu conhecimento de mundo.
  • Literatura infantil, com as obras Sítio do Pica-Pau Amarelo, Alice no País das Maravilhas, O Mágico de Oz, Peter Pan, Branca de Neve e os Sete Anões, Chapeuzinho Vermelho e Os Três Porquinhos. Houve ainda as princesas e dos príncipes, representando os personagens de A princesa e o sapo, A bela adormecida, Rapunzel, Pocahontas, Soldadinho de chumbo, Alladin e A Bela e a Fera.
  • Literatura regionalista: foram representadas a Região Nordeste, com Ariano Suassuna e sua obra Auto da Compadecida, a Região Centro-Oeste, com Cora Coralina e a obra Vintém de Cobre: Meias confissões de Aninha, a Região Norte, com Cenas da Vida Amazônica, de José Veríssimo, a Região Sudeste, com a obra João Cândido: o Almirante Negro, de Alcy Cheuiche, e, por fim, a Região Sul, com Incidente em Antares, de Érico Veríssimo.
  • Best-sellers: para o Desfile foram selecionadas as obras Jogos Vorazes, de Suzanne Collins, a saga Harry Potter, de J. K. Rowling, a Bíblia Sagrada do Cristianismo e a série em quadrinhos The Walking Dead, de Robert Kirkman e Tony Moore.
  • Literatura clássica, representando os grandes nomes da literatura universal: Romeu e Julieta e Hamlet, de William Shakespeare, com Romeu & Julieta e Hamlet, Herman Melville, com Moby Dick e Jonathan Swift, com As Aventuras de Gulliver. Para a literatura nacional foram escolhidas as obras Dom Casmurro, representando Machado de Assis, Gabriela Cravo e Canela, de Jorge Amado, Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, Iracema, de José de Alencar, e Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna.
  • Literatura inclusiva: O grupo representou a escrita de sinais e a escrita tátil. A escrita de sinais ainda dá seus passos iniciais, com propostas sendo discutidas nos grandes centros acadêmicos, levando em consideração as especificidades da comunicação através da Libras. Já o método de escrita tátil está consolidado, através do sistema Braile, apesar de não ser ainda totalmente acessível a todas as pessoas cegas.
  • A evolução dos meios de leitura: trouxe a evolução dos meios de leitura na trajetória da Humanidade, destacando a pedra, o papiro, os códices, o couro e, mais recentemente, o papel e o display de diferentes aparelhos eletrônicos, que possibilitam a leitura virtual.
  • Gibis e história em quadrinhos: representação da grande saga dos heróis dos gibis e das histórias em quadrinhos, um gênero narrativo que combina elementos verbais e não-verbais. Tendendo para o humor ou ironia, as histórias em quadrinhos também podem ser usadas como um meio de alerta ou crítica sobre diferentes problemas sociais.
  • Literatura técnica: foi representada por meio de publicações científicas, papers, e pesquisas realizadas no Campus Ceres por acadêmicos e docentes. Trata-se de uma forma de divulgação do saber cientifico que é produzido tanto nacional, quanto internacionalmente. São exemplos de leitura técnica os artigos científicos, resenhas, dicionários, teses e dissertações entre outros.

 



>>> Acesse o álbum de fotografias do Desfile Cívico Estudantil 2017

 

Ascom Campus Ceres

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