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Campus Ceres inicia sua XIX Feira de Ciência e Tecnologia

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Publicado: Quinta, 18 de Outubro de 2018, 16h05 | Última atualização em Sexta, 19 de Abril de 2019, 21h21 | Acessos: 1655

Evento segue até 19 de outubro com exposição de 96 trabalhos, realizados pelos estudantes dos cursos técnicos. A Feira acompanha o calendário de eventos da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Por Tiago Gebrim
Fotos: Tiago Gebrim

 


A professora Marcela Burguer, presidenta da comissão organizadora da FCT de 2018

 

Teve início na noite desta quarta-feira, 17 de outubro, a XIX Feira de Ciência e Tecnologia do Campus Ceres. O evento, considerado a maior exposição de projetos científicos do Vale de São Patrício, traz 96 trabalhos elaborados pelos estudantes dos cursos técnicos em oito áreas do conhecimento. Além dos recursos próprios do IF Goiano, a Feira é realizada com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), no valor de R$ 10 mil. A visitação é gratuita e ocorrerá durante todo o dia 18 de outubro e na manhã do dia 19.

Em sua fala, a docente Marcela Burguer, presidenta da comissão organizadora da Feira, agradeceu aos estudantes e servidores que colaboraram para tornar possível o evento. Sendo um dos maiores eventos realizados anualmente pelo campus, a Feira de Ciência e Tecnologia mobiliza diversos departamentos da unidade, entre eles os docentes, a equipe de infraestrutura e patrimônio e os servidores do Setor de Alimentação e Nutrição.

O diretor-geral do Campus Ceres, Cleiton Mateus, enfatizou o tema da Feira – Ciência para redução das desigualdades –, que segue a definição do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) para a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Mateus falou sobre o trabalho realizado pelo IF Goiano e, em especial, pelo Campus Ceres, no desenvolvimento regional, com colaboração dos projetos de pesquisa e de extensão. Ao finalizar seu discurso, o diretor-geral pediu tolerância e respeito às diferenças, sejam elas de etnia, orientação sexual, religião, entre outras.

 


Mesa diretiva da abertura teve participação da secretária municipal de Educação, Letícia Rocha, do coronel Wagner Lima, comandante do 16º Comando Regional de Polícia Militar, do vice-prefeito de Ceres, Marco Antônio Elias e do gerente de Extensão do campus, Fausto Filho. Na presidência da mesa, ao centro, o diretor-geral da unidade, Cleiton Mateus

 


 


Palestra –
Finalizada a contribuição da mesa diretiva, a solenidade trouxe a palestra Disparidade de gênero na Educação e na Ciência, ministrada pela pesquisadora e doutora Meri Emili Pinto. Em sua explanação, a pesquisadora traçou a história da difícil inserção das mulheres no meio acadêmico, revelando casos conhecidos como o de Rosalind Franklin, responsável por iniciar, na década de 50, os trabalhos sobre a dupla hélice do DNA. Pioneira, Franklin não teve reconhecimento de sua trabalho, o qual ajudou os pesquisadores James Watson e Francis Crick a publicarem, em 1953, artigo na Revista Nature sobre a estrutura.

Na atualidade, a disparidade entre mulheres e homens no campo científico está bastante reduzida: entre os 133.420 doutores brasileiros, 47,5% são mulheres. Permanecem, entretanto, alguns entraves. Entre eles, o incentivo à inserção na ciência, em uma sociedade em que ainda sobrevive a ideia de a mulher dedicar-se ao trabalho doméstico.

 


A pesquisadora Meri Emili Pinto, que ministrou a palestra de abertura da XIX Feira de Ciência e Tecnologia

 


Humor com inteligência –
A noite foi encerrada com risadas e reflexões importantes, promovidas pela Companhia de Teatro Boca do Lixo. O grupo, originário de Anápolis (GO), trabalha com a formação de jovens nas artes circenses e apresentou um espetáculo que envolveu malabarismos, músicas e crítica social e ambiental. A começar pelos instrumentos, todos feitos a partir de materiais recicláveis, e sobre os quais os palhaços Mutamba e Seriema davam as dicas de confecção. Baldes, latões, panela de pressão e vasilhame de gás GLP se transformaram em uma bateria, que de convencional só tinha mesmo os pratos, ainda assim, reciclados. As claves de malabares, da mesma forma, foram feitas com garrafas PET, cabos de vassoura e tiras de câmara de ar.

Durante o espetáculo, além de músicas autorais, foram feitas homenagens ao Cerrado, à cultura brasileira, e aos animais silvestres. Os espectadores puderam conhecer, por exemplo, o traca traca, brinquedo tradicional das terras tupiniquins feito para contar histórias: das tiras de madeira presas por cetim surgem girafas, cavalos, jacarés, cobras, meninos, peixes. A apresentação teve ainda participação de Lemuel Rodrigues, que fez um número com pernas de pau, e de Benjamin, filho do casal Mutamba e Seriema que, com apenas três anos, já arrancou ruidosos aplausos dos estudantes e servidores do IF Goiano.

 


 


Colóquio de Letras – No mesmo dia da Feira de Ciência e Tecnologia o Campus Ceres também promoveu o Colóquio de Letras, iniciativa pioneira de professoras das áreas de linguagens da unidade. A intenção foi fortalecer a área de Letras no campus , bem como ampliar o conhecimento sobre linguística, línguas, literatura e leitura.

De acordo com a professora Mirelle São Bernardo, coordenadora do Colóquio, o evento foi pensado para ocorrer simultaneamente à Mostra da Diversidade (realizada no dia anterior). “A Linguística traz a questão das variações, da diversidade linguística brasileira, envolvendo línguas indígenas, Libras, e aí os assuntos e temas coincidem”, explicou.

O Colóquio de Letras envolveu três palestras, sendo duas executadas dentro da Mostra da Diversidade – sobre as línguas e culturas das etnias indígenas brasileiras e sobre internacionalização, apresentando as possibilidades dentro dos IF s, como os programas de intercâmbio. Essa última foi ministrada pela docente Suelene Vaz Silva, do Instituto Federal de Goiás (IFG).

A última palestra, ministrada pelo professor Cléber Silva, do Campus Urutaí do IF Goiano, ocorreu no dia 17 de outubro e falou sobre leitura cidadã. Na ocasião o momento se propôs a uma crítica ao processo de leitura por simples processo de codificação, tratando sobre o aprofundamento da leitura, crítica, transformadora, ferramenta de transgressão. Além das apresentações, os estudantes dos cursos técnicos realizaram e expuseram atividades sobre línguas, incluindo trabalhos de literatura, variedades linguísticas na Língua Portuguesa e sobre a língua espanhola nos países hispanofalantes.

 




Nas duas primeiras fotos, apresentações dos estudantes sobre literatura e línguas portuguesa e espanhola. Na foto logo acima, palestra do professor Cléber Silva sobre a leitura cidadã

 

 

Ascom Campus Ceres

 

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Notícia elaborada conforme as restrições vigentes para o período eleitoral

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