Corpos dissidentes: diversidade e inclusão
A importância do dia 29 de janeiro para a Visibilidade Trans no País em que travestis e transexuais mais correm perigo¹
Por Rafael Alves Oliveira
Membro externo do Nepeds do Campus Ceres do IF Goiano
O dia 29 de janeiro lembra da importância da visibilidade trans e enfrentar a transfobia, ou seja, a violência praticada contra travestis, transexuais e transgêneros no Brasil permanece um desafio. Dados da Fundação Perseu Abramo (2008) apontam que a população brasileira reconhece a existência de forte preconceito contra travestis (93%) e transexuais (91%).
Além disso, pesquisa do Grupo Gay da Bahia (GGB) divulgada em seu Relatório Anual de Assassinatos a Homossexuais mostrou que, no Brasil, em 2011, foram documentados 266 assassinatos de lésbicas, gays, travestis e transexuais. Segundo os dados, houve um aumento de 118% nos últimos seis anos. É nessa perspectiva que se impõe como necessidade refletir criticamente sobre as consequências da transfobia para adolescentes, adultos/as, pessoas idosas que se autodefinem como travestis, transexuais ou transgêneros.
A transfobia se fundamenta na negação das identidades de gênero não hegemônicas, ou seja, as travestis, as mulheres que vivenciam a transexualidade, os homens que vivenciam a transexualidade e as pessoas transgêneros. A transfobia se revela também por discursos e atitudes de hostilidade, violência física, psicológica, moral e, por vezes, o assassinato contra pessoas transexuais e travestis, tenham estas se submetido ou não à cirurgia de transgenitalização.
Por fim, faz-se salutar a promoção de Políticas que solidifiquem tais subjetividades no tocante ao protagonismo e visibilidade. Para tanto, a sociedade civil e órgãos de fomento são igualmente corresponsáveis pela garantia plena dos direitos e, por conseguinte, acesso a cidadania.
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¹ Brasil é o país que mais mata pessoas trans; 175 foram assassinadas em 2020 - 29/01/2021 - UOL Universa
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