Com expectativas superadas, 19ª Agro Centro-Oeste Familiar é encerrada
Próxima edição ocorrerá na UFG, mantendo a tradição de alternância do evento
Por Tiago Gebrim
Fotos: Tiago Gebrim
O frio já estava mais ameno, mas ainda assim a plateia que se ajuntou em frente ao Palco Aberto da estrutura montada para a 19ª Agro Centro-Oeste Familiar estava agasalhada. Eram pouco mais de 9h do sábado 21 de maio quando o Campus Ceres do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) anunciou a última atração cultural do evento, a Orquestra de Violeiros de Uruana, que veio tocar especialmente para a solenidade de encerramento.
Realizada ao longo de quatro dias, com início na tarde de quarta-feira 18 de maio, estava chegando ao fim a 19ª Agro Centro-Oeste Familiar, provavelmente uma das edições com maior tempo de planejamento prévio. Isso porque foram três anos, praticamente, entre a passagem do Estandarte para o Campus Ceres, ocorrido em 1º de junho de 2019, e a efetiva realização da Feira, interrompida duas vezes por ocasião da Pandemia de Covid-19.
O saldo, positivo, foi comemorado pelo diretor-geral do Campus, Cleiton Mateus, e pelo gerente de Extensão da unidade, Fausto Filho, responsável pela coordenação desta edição da Agro Centro-Oeste. Em suas palavras, Cleiton focou em agradecer, ao mesmo tempo em que compartilhou os receios enfrentados para seguir com a organização e realização da Feira.
“Esse foi um compromisso assumido após muitas conversas entre Campus, sindicato, Fetaeg, produtores da região, prefeitura de Ceres… Em muitos momentos tivemos dúvidas, nos perguntamos se não haveria outra instituição para realizar a Agro Centro-Oeste. Os parceiros sempre confiaram, acreditaram e nos motivaram a realizar o evento. Tenho muito a agradecer”.
Cleiton ainda falou sobre a harmonia entre a equipe, fundamental para ousar realizar um evento tão grande em um momento em que a Pandemia apenas começa a arrefecer. "Recebi vários elogios sobre compromisso, dedicação e harmonia da equipe. Agradeço por terem acreditado no projeto, aceitado o desafio e trabalhado com tanta dedicação e força". Ele estendeu os agradecimentos às subcomissões, que organizaram, durante a Agro Centro-Oeste, o Seminário Científico, a Semana Acadêmica e diversas atividades culturais.
Fausto Filho, coordenador da 19ª edição da Agro Centro-Oeste Familiar
Emocionado, o coordenador do evento, Fausto Filho, agradeceu os expositores, produtores, parceiros e a equipe do IF Goiano. Ele reforçou a necessidade da Agro Centro-Oeste para valorizar a agricultura familiar: “O evento se mostra tão necessário, após esse período pandêmico. A agricultura familiar precisa ser valorizada, e é bom que nossos estudantes participem. Eles, que estão em formação, precisam se sensibilizar com esta causa”, afirmou.
Fausto informou que as expectativas do evento, que eram de 4 a 5 mil visitantes, foram superadas em pelo menos mais mil pessoas. Também o número de expositores - mais de 120 entre os quatro dias de Feira - superaram a meta, que estava por volta de 70 pessoas. Os números não mentem: foram aproximadamente R$ 80 mil comercializados no evento, além de mais de R$ 2,5 negociados em maquinário. Tudo isso demonstra a grandiosidade da agricultura familiar e de seus integrantes, que fizeram ressurgir uma Agro Centro-Oeste Familiar forte e de muito sucesso, após dois anos de dormência.
Estandarte da Agro Centro-Oeste Familiar é entregue a Marcos Cunha, diretor da Escola de Agronomia da UFG, próxima instituição a realizar o evento
Divulgação da carta aberta da Agricultura Familiar - Ainda na abertura, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ceres e as federações Fetraf/GO e Fetaeg, representados pelos produtores Sandra Faria, Orlando Luiz, Donizete Pereira e Antônio Chagas fizeram a leitura da Carta Aberta da 19ª Agro Centro-Oeste Familiar. O documento, gestado ao longo do evento, traz a realidade vivida pelos agricultores em Goiás e elenca uma série de solicitações às autoridades responsáveis, a fim de fortalecer a agricultura familiar. O conteúdo da carta, na íntegra, pode ser lido aqui.
(Esq. para dir.) Sandra Faria, Orlando Luiz, Donizete Pereira e Antônio Chagas, na leitura da Carta Aberta
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