Irrigação no Cerrado mostra robustez ao comemorar 50ª dissertação
Marca foi atingida no último dia 21 de setembro, e foi celebrada em solenidade realizada pelo Campus Ceres
Por Tiago Gebrim
Fotos: Tiago Gebrim
Nesta última quarta-feira, 21 de setembro, o Programa de Pós-Graduação em Irrigação no Cerrado (PPGIC) realizou a defesa de sua 50ª dissertação. A marca, atingida no sétimo ano de vida do programa, foi comemorada em uma solenidade no Campus Ceres do Instituto Federal Goiano (IF Goiano), a Casa em que o curso é ofertado. O trabalho que teve a honra dessa posição foi Crescimento de Mentha x piperita sob diferentes intensidades de luz e reposições hídricas, de autoria da pesquisadora Karolaine Mello.
A solenidade foi marcada por um resgate histórico dos motivos e caminhos percorridos para a criação do PPGIC, cuja primeira turma foi ofertada em 2015. O Programa não só foi o primeiro mestrado ofertado no Campus Ceres como segue até hoje como único curso Stricto sensu em Ciências Agrárias disponível gratuitamente na região Centro Norte de Goiás.
O evento teve participação do pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do IF Goiano, Alan Costa, e do pesquisador Evaristo de Castro, titular da Universidade Federal de Lavras. Presença ilustre na comemoração, Castro foi um dos responsáveis por acompanhar a criação e encaminhamento da proposta de curso à Capes, ainda em setembro de 2013, junto ao professor Moacir Pascal, coordenador de avaliação da Capes.
“Vejo os produtos que esse curso já produziu, os relatos que foram passados, e estou muito contente em saber que aqui na instituição de Ceres os professores tem um compromisso muito grande com a Ciência e acreditam na educação”, discursou Evaristo de Castro. Para ele, a robustez do curso e as oportunidades locais propiciam a implantação de um doutorado acadêmico nessa mesma vertente, o qual irá contribuir, ainda com mais impacto, no desenvolvimento da região.
Professor Evaristo Costa, um dos responsáveis pela APCN entregue à Capes, e que deu origem ao PPGIC
Cleiton Mateus, diretor-geral do Campus Ceres, foi o orientador da dissertação defendida na solenidade. Em seu discurso, trouxe um pouco do percurso da implantação do curso, enfatizando o esforço dos que acreditaram na ideia, apesar das adversidades. “Que bom que mesmo sabendo que o Campus Ceres não tinha condições de uma pós-graduação, sequer tinha uma sala para secretaria, servidor para atender, que bom que acreditamos e começamos com o que tínhamos em mãos. Graças a isso, hoje chegamos às 50ª defesa”, comemorou.
Parcerias e oportunidades – Atualmente, o PPGIC mantém parcerias com importantes instituições e organizações, seja em âmbito local, seja regional. Como exemplos temos as empresas CRV Industrial, A Sementeira e Mitre Agro, além de Embrapa Arroz e Feijão e Universidade Federal de Goiás. Como explica a coordenadora do curso, Priscila Selari, para cada parceria há objetivos diferentes. “Com a CRV são experimentos com cana-de-açúcar, visando melhorias no manejo e uso da água. Com A Sementeira já é outra linha, estudando o desenvolvimento de novas cultivares”, ilustra a coordenadora. Além disso, o Programa também recebe estudantes oriundos dessas e outras empresas, que irão, posteriormente, contribuir dentro das companhias.
Mas outro aspecto chama atenção para a região: quando se fala de cursos gratuitos, poucas vezes focamos na economia de recursos dos estudantes, que muitas vezes sequer fariam aquele curso, pela impossibilidade de pagá-lo. Cleiton Mateus tocou no ponto: “Somente em [custos de] mensalidade, se fôssemos somar 50 mestrandos, girava em torno de R$ 1 milhão e 800 mil, fora as despesas com deslocamento, hospedagem...”, explicou. Além dos custos, o diretor-geral enfatizou a importância da oferta no interior do estado. Muitas pessoas aqui, trabalhadores, não poderiam se deslocar para grandes centros para essa formação”, concluiu.
COMUNICAÇÃO SOCIAL Campus Ceres
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