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II Semana de Química discute interação Química e Meio Ambiente

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Publicado: Sexta, 17 de Junho de 2016, 00h21 | Última atualização em Terça, 12 de Julho de 2016, 12h12 | Acessos: 1946

Evento, que ocorre nos dias 16 e 17 de junho, teve abertura com palestra sobre contaminantes químicos que põem em risco a saúde dos brasileiros

Mostra Científica encerrou o primeiro dia da II Semana de Química
imagem sem descrição.

Na noite desta quinta-feira, 16 de junho, o Campus Ceres do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) deu abertura à II Semana de Química e IV Simpósio de Licenciatura em Química. O evento, organizado por professores e estudantes do curso de Licenciatura em Química, busca o diálogo com outras instituições de ensino, o mercado de trabalho e a área da pesquisa.

Durante a fala de abertura, o diretor de Ensino do Campus Ceres, Adriano Braga, falou sobre a colocação do curso do Campus Ceres, que é o 15º melhor do Brasil, segundo o Índice Geral de Cursos (IGC) contínuo – utilizado pelo Ministério da Educação para classificação dos cursos de graduação –, e o 3º melhor do Centro-Oeste. Ainda na fala da mesa diretiva, o diretor-geral, Cleiton Mateus, lembrou o protagonismo do curso de Química do campus, ao ser o primeiro a enviar discente para um programa de intercâmbio – a estudante Nikaele Moreira, que atualmente está no Instituto Politécnico de Bragança, em Portugal.

Saúde e Agrotóxicos – Com o tema Química e Meio Ambiente, o evento do curso de Licenciatura em Química oportunizou o debate com a palestra de abertura do evento, Impactos dos Agrotóxicos na Saúde, ministrada pela química e perita Brenda Carvalho. A palestrante trouxe para o cenário a experiência acumulada durante o trabalho na Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa), órgão goiano que atua como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Saúde.

Brenda trouxe dados preocupantes sobre os diversos contaminantes químicos, principalmente os agrotóxicos, chumbo, benzeno, mercúrio e amianto, que foram listados pelo Ministério da Saúde como os de maior risco no cotidiano dos brasileiros. Tais agentes estão presentes em diversas situações comuns, explica a química – de postos de gasolina a podas de jardins e canteiros dos municípios com uso do popular “Mata Mato”.

E por falar nesse agente, os agrotóxicos, que estão no prato dos brasileiros todos os dias, ocupam uma triste de posição de destaque. Brenda, exibindo dados de pesquisa do professor Wanderlei Pignati, da Universidade Federal do Mato Grosso, mostrou que a contaminação expande-se para muito além da zona rural. O estudo, realizado na cidade de Lucas do Rio Verde (MT), mostra que foram encontrados indícios de agentes agrotóxicos em zona urbana, bem como contaminação de diversos itens, como o leite bovino e no próprio leite materno.

A lista de doenças causadas pelos agrotóxicos é extensa. Entre elas, a palestrante contabiliza câncer, diminuição das capacidades cognitivas, toxidade ao fígado, alteração em células reprodutivas e perdas auditivas. Mas não somente esses contaminantes estão afetando a população brasileira. “Impactos da fibra de amianto podem demorar até 30 anos para se manifestar, o que dá respaldo a empresas para evitarem ser responsabilizadas”, informa Brenda. A química afirma que, dentre os variados desafios engendrados por esta problemática, um grande peso é representado pelas empresas, que possuem poder econômico e, portanto, político. “E quem paga? - pergunta ela – A população”.


A palestrante Brenda Carvalho, perita da Polícia Científica de Goiás

 

Ascom Campus Ceres

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