IF Goiano realiza I Fórum de Cultura da Instituição
Abertura ocorreu na manhã da quinta-feira, 26, e discutiu Política Cultural no IF Goiano.
O Instituto Federal Goiano (IF Goiano) realiza a abertura do I Fórum de Cultura da Instituição, na manhã da quinta-feira, 26. O evento discutiu a Política Cultural da Instituição por meio de debate realizado em formato híbrido (presencial e no canal de Youtube do IF Goiano).
Durante a abertura do evento, a pró-reitora de Extensão, Geísa Boaventura, destacou a importância do campo da cultura é elemento fundante na formação humana dos nossos alunos. "A construção dessa política é uma decisão. Desde 2014 decidimos que o campo da cultura seja uma área com a devida importância dentro da Instituição e esse Fórum reafirma esse compromisso, sendo um marco na construção da nossa política cultural.
Pró-teitora de Extensão dá as boas vindas aos participantes
De acordo coordenadora do Núcleo de Ciência, Arte e Cultura (NAIF), Roseli Rocha, o evento visa debater sobre os caminhos que tomaremos na construção da nossa Política Cultural no IF Goiano, quais os objetivos serão buscados. "Por sermos uma instituição que não possui curso de arte, temos que pensar numa Política de Cultura que trace caminhos exequíveis", afirma.
A programação da abertura do evento foi realizada por mesa-redonda, mediada pela servidora Roseli Rocha. Os debatedores foram Fernando Mencarelli, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Constantino Isidoro, professor de teatro do Instituto Federal de Goiás (IFG), e Flávia Cruvinel, professora de música e artes cênicas da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Mencarelli iniciou a discussão, tratando sobre a construção de Políticas Culturais, dando um contexto histórico das políticas culturais nacionais e dos desafios para a construção do documento. Para ele, é necessário se atentar à tranversalidade da Cultura no âmbito da política educacional. "O trabalho de organizar política de cultura seria decorrente de dois eixos de políticas públicas federais que foram estabelecidas nas últimas décadas e que os atores nas instituições buscam fortalecer elas no âmbito das suas instituições", afirma.
Professor Fernando Mencarelli discute contextos e direcionamentos para a construção da Política Cultural
O professor da UFMG também destaca que é necessário que as políticas culturais estejam fundamentadas no reconhecimento da dimensão acadêmica da cultura. "Dessa forma, entendemos que a cultura é uma das bases de formação dos estudantes e da atuação de servidores", explica.
Cantora Mariana Assunção, do Campus Morrinhos, realizou apresentação cultural na abertura do evento
De acordo com o professor de Teatro do Instituto Federal de Goiás (IFG), Constantino Isidoro, os debates culturais da atualidade são permeados por dimensões políticas que contrapõem o pacto social estabelecido pela Constituição Federal de 1988. "Percebemos que, ao invés de avançarmos nas discussões de acesso à cultura, estamos retrocedendo", afirma.
Constantino destaca que, para discutirmos cultura, precisamos entender o contexto em que a produção cultural se dá atualmente. Para ele, a cultura digital transformou nossa sociedade e impactou de forma muito grande nas nossas relações. "Estes nossos mecanismos digitais acabam por nos introjetar sonhos e verdades que não são exatamente as nossas", explica.
O professor do IFG afirma que a cultura é um instrumento que nossas instituições fazem para que se garanta o cumprimento constitucional à cultura, livre expressão e usufruto da produção cultural pela população. "Nossas instituições possuem papel essencial em auxiliar as comunidades em que estamos inserido ou que atendemos de alguma forma, de ajudá-las a construir maneiras de preservar e contar suas histórias", destaca. Para Constantino, uma política cultural deve contemplar alguns pontos: tratar da dimensão do fomento, difusão, institucionalizar a dimensão da cultura enraizada na Instituição.
De acordo com a professora Flávia Cruvinel, desde 2016 os produtores culturais e artistas das instituições públicas têm se reunido para buscar a inserção de novas políticas culturais nas instituições de ensino superior. "Em primeiro lugar, é necessário que entendamos que a formação artística deve fazer parte da formação humana e não apenas como formação de artistas. Deve fazer parte de uma formação e de construção de uma identidade", explica.
Flávia explicou que, no caso da Universidade Federal de Goiás (UFG), a cultura está presente desde sua formação por se formar a partir de uma escola de Música e Artes Cênicas, que precede à existência da própria UFG. discutindo sobre a perspectiva da valorização da cultura em âmbito nacional, Flávia lembra dos caminhos percorridos pela Cultura enquanto política nacional. "Precisamos lembrar que o Ministério da Cultura foi criado no Brasil apenas em 1985. E de lá pra cá já foi extinto quatro vezes", lembra.
A professora da UFG destaca a importância do envolvimento das instituições de ensino na promoção de políticas públicas de cultura. "Este documento estabelece as nossas instituições de ensino como promotores de políticas públicas de cultura", explica.
Programação - O evento também promove oficina às 14h com o tema: "Elaboração de Política Institucional na prática". O Fórum tem como objetivo capacitar e sensibilizar a comunidade interna a respeito da importância da cultura no ambiente acadêmico,
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Live Política Cultural no IF Goiano: um debate necessário
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