Conferência sobre os desafios do desenvolvimento no Cerrado encerra eventos integrados

 

Em sua exposição, o Secretário mencionou o potencial humano para o empreendedorismo que existe em Rio Verde. “Neste município são mais de 12 mil estudantes de ensino superior e mais de 300 matriculados em cursos de pós-graduação, uma massa crítica com grande potencial para empreender”, disse, ressaltando a importância do conhecimento científico aplicado para o desenvolvimento de  empreendimentos voltados ao agronegócio.

Para ele, os grandes desafios da atividade produtiva do agronegócio consistem na agregação de valores, geração de renda, criação de postos de trabalhos e buscas por melhorias na qualidade de vida das pessoas. Paulo Alvin reconhece que o município de Rio Verde é um grande laboratório para o desenvolvimento de potencialidades produtivas, para isso, segundo ele, “É necessário mapear as potencialidades locais e construir redes de conhecimento”, arrematou, explicando que conjuntos de iniciativas formam estruturas de apoio complementares para o desenvolvimento da atividade empreendedora.

 

Meio Ambiente

Os impactos socioambientais da agropecuária nos territórios também foram debatidos durante os eventos. O professor Adriano Rodrigues de Oliveira, do Instituto de Estudos Sociambientais - IESA/UFG, destacou a importância do bioma Cerrado na vida das pessoas e não apenas no campo produtivo. “É preciso pensar os atores que vivem nesses territórios”, pontuou.

Segundo ele, as relações entre a sociedade e a natureza são sempre permeadas por impactos, efeitos e conflitos e faz um alerta: “O aumento no processo de ocupação do Cerrado pode decretar o fim do ecossistema”. O pesquisador mostrou que 75% da produção nacional de milho e soja é oriunda da Região Centro-Oeste, onde está a maior parte do Cerrado brasileiro.

Para o professor, o uso indiscriminado de agrotóxico e a extração sem critérios de minérios estão entre os grandes vilões do bioma. Como alternativa de preservação desse ecossistema, Adriano cita a recuperação de pastagens degradadas, o uso do sistema de plantio direto na agricultura, o tratamento de dejetos de animais, a integração lavoura e pecuária e as florestas plantadas.

 

Relato de experiência

Doutoranda do programa de pós-graduação em Ciências Ambientais da UFG, a professora do Campus Rio Verde do IF Goiano, professora Frankcione Borges de Almeida, mostrou dados de sua pesquisa sobre o uso de agrotóxicos no Estado de Goiás e seus reflexos na saúde do trabalhador rural. Seus estudos mostram que o uso intensivo de agrotóxicos causa danos, não só a saúde do trabalhador que está exposto aos defensivos, mas também à saúde da população do entorno das áreas produtivas.   

A boa notícia, segundo a pesquisadora, é que na região de Rio Verde há agricultores começando a trabalhar com agricultura sustentável. Segundo ela, há grupos de pesquisas buscando conhecer alternativas de menor impacto do cultivo de lavouras na biodiversidade.

 

Empresas Juniores

O VI Sitagro e 1º Conaei também abriram espaço para as Empresas Juniores do Campus Rio Verde. Representantes da quatro EJ da instituição apresentaram as contribuições dessa iniciativa para a formação do perfil empreendedor. Segundo eles, a EJ ajuda na formação de lideranças, no empreendedorismo, na comunicação e na colocação no mercado de trabalho, dentre outras vantagens.

O grupo falou de egressos do campus que atuaram em Empresas Juniores, por ocasião de suas passagens pelos cursos de graduação, e, hoje, ocupam cargos de relevância em grandes empresas. Atualmente existem no campus as Empresas Juniores do curso de Zootecnia (Azootec), de Agronomia (AgroDNA), de Engenharia de Alimentos (Quality) e de Engenharia Civil e Engenharia Ambiental (Sustentar).

 

Atrações culturais

Além das palestras, minicursos e apresentações de trabalho, o público presente pode apreciar diversas apresentações artísticas, dentre elas, a Banda Marcial de Rio Verde, o Grupo de Catira Viana e o Coral Joana D'Ângelis.

 

Seção de Comunicação Social e Eventos