Academia Mundial de Ciências premia professora do Campus Rio Verde
Fernanda Farnese, professora e pesquisadora do IF Goiano - Campus Rio Verde, foi premiada pela The World Academy of Sciences (Academia Mundial de Ciências). O prêmio é atribuído anualmente a jovens cientistas que desenvolvem suas pesquisas na América Latina e Caribe.
O TWAS-LACREP Young Scientists Prize é um reconhecimento a pesquisadores de países em desenvolvimento que contribuem para o avanço da ciência, considerando o número e impacto de artigos científicos publicados em periódicos internacionalmente reconhecidos. O impacto do artigo é avaliado pela qualidade da revista e pelo número de vezes em que foram citados por outros pesquisadores.
A premiação consiste na indicação de nomes de pesquisadores por membros da Academia, seguida de votação de uma comissão julgadora, que considera a carreira do pesquisador, artigos publicados e número de citações. A professora Fernanda Farnese foi a cientista mais votada na área de Ciências Agrárias, o que garantiu a ela o prêmio IEBA. "Essa conquista também é de todos os alunos que participaram comigo de pesquisas, porque foi assim, juntamente com eles, que construí a minha carreira", enfatiza.
Sobre as pesquisas que desenvolve no Campus Rio Verde, Fernanda explica que atua em duas linhas diferentes, uma delas está relacionada à cultura da soja, um dos pilares da economia brasileira, mas que sofre muito com a ocorrência de eventos de seca, comuns nos principais estados que plantam soja no Brasil. "Nessa linha de pesquisa, buscamos por moléculas e microrganismos que aumentem a tolerância da soja à seca, auxiliando a manter a produtividade da cultura", menciona.
A segunda linha de pesquisa aborda como as plantas dos vários biomas brasileiros lidam com a seca, enfocando plantas do Domínio Cerrado. "Nessa segunda linha, nós tentamos entender como as plantas se adaptam ao ambiente e como as previsões de mudanças climáticas podem comprometer a conservação das espécies", professora Fernanda explica que seus estudos, nas duas linhas de pesquisa, têm resultado em boas publicações em importantes revistas científicas internacionais.
A pesquisadora, que em 2020 foi uma das premiadas pelo Programa Para Mulheres na Ciência, promovido pela A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Academia Brasileira de Ciências (ABC) e L'oreal Brasil, disse estar muito feliz com mais esta conquista. "Fiquei muito emocionada, a minha carreira científica não foi construída sozinha, mas sim com o apoio de alunos, orientados, colegas de trabalho, ex-orientadores e também com o apoio da equipe gestora do IF. Então esse prêmio, na verdade, envolve muita gente e eu espero que possa inspirar nossos estudantes a seguir a carreira científica, sobretudo, nesse momento de tantos desafios. Significa que estou no caminho certo e me dá muito gás para continuar", finaliza.
Ao pesquisador escolhido na votação é concedida uma premiação no valor de 2.000 dólares.
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