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Pesquisa investiga sequestro de carbono em diferentes sistemas de manejo

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Publicado: Sexta, 25 de Março de 2022, 09h40 | Última atualização em Sexta, 25 de Março de 2022, 17h40 | Acessos: 599

Está sendo desenvolvida pelo Centro de Excelência em Agricultura Exponencial, uma parceria entre o IF Goiano e a Fapeg.

Texto: Ícaro Luna Nunes*

A intensificação do aquecimento global e das mudanças climáticas causadas por ele reforçaram a necessidade do desenvolvimento de inovações e de práticas sustentáveis no agronegócio. O setor tem sofrido diretamente com os impactos do aumento da emissão dos gases de efeito estufa, como por exemplo, o dióxido de carbono (CO2). Diante deste cenário, países e entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU), promovem eventos e prospectam soluções para as problemáticas causadas pelas intensivas mudanças climáticas. Durante a COP26 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) em 2021, o Brasil firmou uma série de compromissos visando a redução da emissão destes gases. Para honrar as metas estabelecidas, as instituições de pesquisa desempenham um papel fundamental na elaboração de medidas científicas e inovadoras.

O agronegócio, formado por uma cadeia de mercados e responsável por 27,4% do PIB brasileiro em 2021, mostra-se como um dos principais aliados em busca destas inovações. O setor tem adotado novas práticas e promovido a criação de tecnologias sustentáveis para as suas diferentes atuações, trabalhando em conjunto com centros de investigação científica e entre outras entidades de apoio que prospectam a sustentabilidade por meio da inovação. Na agricultura, a temática do sequestro de carbono tem se mostrado como uma estratégia promissora, e que além de promover a sustentabilidade, traz um retorno financeiro com o mercado voluntário de créditos de carbono.

A expressão “sequestro de carbono” remete ao processo de retirada do gás carbônico da atmosfera, que ocorre naturalmente pelos solos, florestas e os oceanos. Apesar de ter se popularizado após o Protocolo de Kyoto firmado em 1997, o tema só ganhou mais força com o Acordo de Paris em 2015, e posteriormente com os debates acerca das mudanças climáticas abordados na COP26 em 2021.

Diante desta relevância, os pesquisadores  Luan Venancio, André Thomazini e Fernando Rodrigues Cabral Filho, do Centro de Excelência em Agro Exponencial (Ceagre), desenvolvem uma pesquisa que visa monitorar o sequestro de carbono atmosférico em diferentes sistemas de manejo conservacionista em Goiás, como o plantio direto. O estudo busca quantificar o potencial de sequestro de CO2 em cenários distintos e estipular as possíveis logísticas de conversão e comercialização para o crescente mercado voluntário de créditos de carbono. A investigação possui um grande impacto científico, propondo-se a encontrar metodologias que sejam escaláveis, efetivas e aplicáveis para os produtores rurais de pequeno, médio e grande porte.

Os pesquisadores destacam os benefícios que a pesquisa promoverá aos agricultores, “O nosso projeto ajudará milhares de produtores rurais a obterem uma renda passiva ao passo que contribuem para redução dos impactos da agricultura sobre as mudanças climáticas”. E pontuam a importância dos sistemas agrícolas que preconizam o sequestro de carbono atmosférico, pois, influenciam na regulação climática e no controle do aquecimento global. Em suma, segundo os pesquisadores, o estudo visa demonstrar os benefícios destes sistemas para o meio ambiente, a influência na economia de redução de carbono e os ganhos financeiros para os produtores rurais. 

Composta por uma série de etapas, a pesquisa encontra-se na fase de revisão bibliográfica, definindo as metodologias para as estimativas de estoque de carbono em áreas agrícolas e as formas de conversão do sequestro em créditos de carbono. Por ser um tema recente da investigação brasileira, e diante da importância do desenvolvimento de ações coletivas, o pesquisador Luan comenta, “Estamos em contato com empresas, ONGs, universidades nacionais e internacionais em busca de parcerias científicas para solidificação de nossas metodologias integradas aplicáveis a nossa realidade”. Ao propor-se a desenvolver um trabalho coletivo com outras instituições e empresas da iniciativa privada, o Ceagre reforça o caráter integrador da inovação científica, levando o conhecimento produzido pelos seus pesquisadores a diferentes nichos, e viabilizando a troca de experiências.

O projeto, como outros desenvolvidos pelo Centro, é viabilizado por parceiros que atuam incessantemente na busca por soluções e inovações tecnológicas, como o Governo do Estado de Goiás por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg).

*Bolsista de projetos da Diretoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do IF Goiano - Campus Rio Verde

 

Seção de Comunicação Social e Eventos

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