IF Goiano se prepara para quadrienal da Capes
Comunidade acadêmica deve se engajar para sucesso da avaliação dos programas.

O Instituto Federal Goiano (IF Goiano) está se preparando para a próxima avaliação quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que deve ocorrer em abril deste ano. A fundação, vinculada ao Ministério da Educação (MEC), coordena o processo com o intuito de conceder e renovar os cursos de pós-graduação, bem como a atribuição dos conceitos de qualidade.
Essa avaliação é feita com base em indicadores de um determinado período por comissões de cada área do conhecimento – atualmente são 50 ao todo. Os dados, informados por cada Instituição de Ensino Superior (IES), são referentes a ensino e aprendizagem, internacionalização, produção de conhecimento, inovação e transferência de conhecimento, impacto e relevância para a sociedade. A próxima quadrienal vai avaliar dados de 2021 a 2024.
Os resultados das avaliações são homologados pelo Conselho Técnico Científico da Educação Superior (CTC-ES) e usados pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) para decidir quais cursos renovam o reconhecimento (veja gráfico abaixo). Assim, os programas são classificados, em uma escala que varia de 1 a 7. Aqueles com notas 1 e 2 são descredenciados, ou seja, não têm mais autorização do MEC para funcionar. Programas com nota 3 podem funcionar apenas com Mestrado e aqueles com 4 ou mais podem ter Doutorado. Já os programas com notas 6 e 7 são considerados de excelência.
Entenda como se dá a avaliação da quadrienal. Fonte: Capes
Atualmente, no âmbito do IF Goiano, a maioria dos cursos de pós-graduação apresenta notas 3 ou 4. O pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da Instituição, Alan Carlos da Costa, considera que houve um bom desempenho na última quadrienal, realizada durante a pandemia. Porém, lembra que, à época, em função da situação de emergência sanitária, a Capes flexibilizou alguns critérios que agora não serão mais considerados. Por isso, “é hora de dividirmos responsabilidades”, justifica. “O sucesso do programa depende muito dos bons indicadores e da consistência do relatório que fizermos”, complementa.
Com esse propósito, a Pró-Reitoria de Ensino, Pós-Graduação e Inovação (Proppi) realizou nos dias 25 a 27 de fevereiro um workshop com todos os diretores/gerentes de pesquisa, coordenadores dos cursos de pós-graduação e gestores do Polo de Inovação e Assuntos Internacionais. O objetivo foi reforçar a importância do processo e a necessidade do esforço coletivo. Na ocasião, o grupo avaliou em conjunto os relatórios já preenchidos pelos coordenadores e analisou pontos de discussão, correção e melhoria.
Os dados foram inseridos no modelo da Capes com base no planejamento estratégico de cada programa, feito em 2021 para o período de quatro anos, correspondente, portanto, ao quadriênio que será avaliado nesse momento. Agora eles farão, também, o planejamento para 2025-2028, a fim de registrar o que será feito para melhorar os atuais indicadores. O envio final das informações de cada programa pelos coordenadores deve ser feito até o dia 24 de março, e a homologação pela Proppi, até 31 de março. A previsão é que a Capes divulgue o resultado da avaliação quadrienal 2021-2024 no dia 29 de maio.
Papel do estudante - Anualmente, os coordenadores dos programas de pós-graduação importam da Plataforma Lattes e enviam para a Plataforma Sucupira todas as produções acadêmicas e técnicas dos docentes permanentes e colaboradores. A Sucupira é uma ferramenta da Capes disponível na internet que coleta informações dos programas para as avaliações quadrienais e é por isso que os professores orientam – e as vezes insistem – para que os estudantes mantenham seus currículos atualizados. De nada adianta para o programa, por exemplo, que os alunos tenham muitas e ótimas produções se eles não as inserem no Lattes.
O correto preenchimento e avaliação dos dados está atrelado ao envio em tempo hábil das informações pelos estudantes e professores. O ideal mesmo é que o currículo esteja sempre em dia, mas o recomendável é que isso seja feito, ao menos, durante e até cinco anos após o término da pós-graduação, uma vez que os dados informados hoje serão utilizados pela coordenação do curso numa avaliação futura. Ter um programa bem conceituado é importante não só para a Instituição, mas também para o acadêmico/profissional que conclui seu mestrado/doutorado. “O compromisso por essa qualidade é, portanto, de toda a comunidade acadêmica”, finaliza o pró-reitor do IF Goiano.
Semapós – A preparação para as quadrienais no IF Goiano, na verdade, vai muito além do preenchimento dos relatórios e produção dos planejamentos. A Instituição realiza, há alguns anos, diversas ações que visam facilitar esse processo de forma constante e atual. Uma delas é a realização anual do Seminário de Avaliação dos Programas de Pós-Graduação do IF Goiano (Semapós), evento programado para examinar e discutir os programas de pós-graduação da Instituição.
Durante a história do Instituto, o Semapós tem sido um facilitador para a troca de experiências e conhecimentos entre gestores, professores e alunos. Além disso, apresenta resultados de pesquisas, amplia conhecimentos por meio de palestras e workshops e permite a colaboração dos estudantes em atividades que visam ao desenvolvimento e aprimoramento contínuo dos programas. Todo esse conjunto de ações e métodos tem contribuído para que o IF Goiano seja referência para a pós-graduação na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, sobretudo na região Centro-Oeste.
Diretoria de Comunicação Social
Com informações do Boletim de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação
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