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IF Goiano participa do VI Dia de Campo da Fazendinha Agroecológica

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Publicado: Quarta, 27 de Fevereiro de 2019, 08h34 | Última atualização em Quarta, 27 de Fevereiro de 2019, 13h26 | Acessos: 389

 Evento reuniu mais de 450 participantes na Embrapa Arroz e Feijão.

Dia 22 de fevereiro aconteceu na Embrapa Arroz e Feijão, o VI Dia de Campo da Fazendinha Agroecológica.Os mais de 450 participantes tiveram acesso as quatro estações tecnológicas: “Quintal Agroecológico”, “Melhoramento de Feijão em Sistema Agroecológico”, “Insumos Agroecológicos” e “Bioenergia”. As duas últimas, foram coordenadas e apresentadas pelo IF Goiano Campus Urutaí, e UFG, respectivamente.

Nesta edição, o Dia de Campo passou a ser Multi-institucional, tendo por realizadores, além da Embrapa Arroz e Feijão, a Universidade Federal de Goiás, Associação para o Desenvolvimento da Agricultura Orgânica de Goiás, Instituto Federal de Goiás, Instituto Federal Goiano, Associação dos Produtores Agroecológicos de Anápolis e Região, Comissão de Produção Orgânica de Goiás, Emater - GO, Centro Estadual de Referência em Medicina Integrativa e Complementar. O chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Arroz e Feijão, Elcio Guimarães falou sobre o crescimento e desta transformação do Dia de Campo, que deixou de ter em seus parceiros apenas participantes, tornando-os coorganizadores, o que demonstra a importância de produzir trabalhos conjuntos, visto o sucesso que rendeu. Elcio falou também sobre a grandeza das ações realizadas pelos agricultores que se dedicam à Agroecologia. “Há uma mensagem simples passada aqui, no sucesso desses 15 anos em que estamos nesta área: somos capazes de produzir diversas culturas de forma agroecológica! Se vocês saírem daqui acreditando que é possível trabalhar desta forma, teremos alcançado nosso principal objetivo”, disse ele.

A pesquisadora Flávia Alcântara, coordenadora do evento, cumprimentou, de início, os dois responsáveis pela gestão de campo da Fazendinha Agroecológica da Embrapa Arroz e Feijão, Marcos Antônio Rodrigues de Oliveira e Wilson Luiz de Oliveira Primo, pela dedicação que permite a realização do evento a cada ano, sempre com as melhores condições de trabalho. Ela concluiu as boas-vindas, cumprimentando aos presentes e que se dedicam aos meios agroecológicos de atuação, homenageando a todos por meio de quatro mulheres que, por seus trabalhos, se transformaram em ícones do movimento ecologista no planeta: Vandana Shiva, filósofa e ecoativista indiana, fundadora da Navdanya, ONG que promove a biodiversidade de sementes, as plantações orgânicas e os direitos de agricultores; Dona Dijé, brasileira, fundadora do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu, no Maranhão, que lutou pela regulamentação do Conselho Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais, representando mais de cinco milhões de brasileiros, entre indígenas, quilombolas, seringueiros e outras dezenas de grupos; Rachel Carson, bióloga marinha, ambientalista e escritora americana, que alertou o mundo para o impacto ambiental de fertilizantes e pesticidas. É considerada uma das principais ativistas no trabalho de preservar o mundo para as gerações futuras; e Ana Maria Primavesi, uma das pioneiras na preservação do solo e recuperação de áreas degradadas, abordando o manejo do solo de maneira integrada com o meio ambiente. A compreensão do solo como um organismo vivo e com diversos níveis de interação com a planta foi uma das contribuições de Primavesi para a agronomia.

Insumos Agroecológicos

O Núcleo de Estudos e Pesquisas em Agroecologia (NEPA), do Instituto Federal Goiano Campus Urutaí, foi responsável pela segunda estação: “Insumos Agroecológicos”.  Sob a orientação do prof. Dr. Milton Sérgio Dornelles, diversos estudantes da Instituição abordaram conteúdos como: princípios e técnicas para manejo ecológico do solo e da biodiversidade; uso do fosfato natural de rocha, pó de rocha, gesso agrícola, microrganismos eficazes (ME), composto orgânico, bokashi e resíduos agrícolas, inoculantes e sementes crioulas, entre outros materiais.

Um dos destaques trazidos ao evento pelo professor é o biofertilizante a base de jaca, em substituição aos materiais que usa comumente, como melado e açúcar mascavo, que são muito caros. O produto é feito com todas as partes do fruto da jaqueira, trituradas em liquidificador ou, se em grande escala, em triturador de silagem. “O uso integral da fruta foi a melhor forma, eu tentei primeiro só com os favos, mas, com a casca e os caroços, o biofertilizante ficou enriquecido de proteína e minerais, como o fósforo. Foi melhor ainda!”, diz o pesquisador. Segundo ele, uma jaca de 10 quilos é suficiente para produzir 50 litros do biofertilizante, ativando os microrganismos eficazes tão bem quanto os melhores produtos já experimentados, o que torna essa fórmula algo muito barato e bem acessível. O uso de pó de rocha foi outro ponto destacado, visto a grande exigência das culturas da adição de potássio para boa produtividade.

À tarde, o professor ministrou a oficina sobre Biofertilizantes Líquidos, momento em que realizou na prática as explicações teóricas da estação. Foi produzido biofertilizante simples, com água, esterco (EM e carbono), leite e açúcar (fontes de energia); e outros dois, que adotam os mesmos ingredientes, um enriquecido com pó de rocha ou fosfato (minerais), outro com capim picado como fonte de carbono, substituindo o esterco.

 

Embrapa Arroz e Feijão (adaptada)

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