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Professores debatem redução da maioridade penal

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Publicado: Quarta, 04 de Novembro de 2015, 17h57 | Última atualização em Terça, 10 de Novembro de 2015, 13h20 | Acessos: 963

A discussão sobre o tema contou com a participação de alunos dos terceiros anos do Ensino Médio.

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Na tarde de quarta-feira, 04, foi realizado o 4º Fórum de Ciências Humanas do Câmpus Urutaí. O evento foi criado para subsidiar alunos do Ensino Médio a formarem um pensamento crítico sobre assuntos atuais, requisito que pode fazer a diferença nos principais exames de acesso ao ensino superior. O professor de Sociologia Cristhian Lima discursou sobre os argumentos contrários à redução da maioridade penal. Com slides e vídeo, ele mostrou que a infância no Brasil é vítima preferencial da violência e não o oposto. 

Para defender a redução da maioridade penal, o professor de Administração Antônio Eládio apresentou histórias de assassinatos cometidos por pessoas com menos de 18 anos de idade. Segundo ele, adolescentes de 16 e 17 anos já sabem discernir entre o certo e o errado e devem ser punidos na proporção de seus delitos. O professor acredita que as medidas socioeducativas presentes no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não equivalem à maldade de certos crimes.

Na réplica, o professor Cristhian criticou a forma como o seu oponente de debate se dirigiu ao público, semelhante aos discursos propagados pela mídia sensacionalista. E, com esse gancho, falou sobre como os meios de comunicação podem influenciar a opinião das pessoas por só apresentar um lado da questão, o que ele chamou de seletividade. Para o professor, um reflexo disso é que a maioria da população só concorda com a redução da maioridade penal por causa da falta de mais informações. Para quem tiver interesse em saber mais sobre esse tema, o professor publicou um estudo no site www.cristhianlima.com.br

Em seu direito de resposta, o professor Antônio concordou que a situação de muitas crianças é realmente de desamparo e desigualdade, mas que não se pode compará-las aos adolescentes que cometem crimes hediondos. O que ele defende é uma punição proporcional à crueldade dos atos ilícitos, ou seja, que a redução da maioridade penal alcance aqueles que já apresentam comportamento violento semelhante ao dos adultos. Para finalizar, argumentou que muitos concordam com essa medida não por desinformação, mas por estarem cansados da impunidade. Em seguida, os alunos que se inscreveram no debate puderam direcionar perguntas aos professores.

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