Estudante do Mestrado Profissional em ensino cria jogo para ensinar botânica

No tranquilo interior de Goiás, mais especificamente no povoado de Santa Rita, munícipio de Itaberaí - Goiás, onde a flora é uma parte essencial da vida diária, o estudante Luiz Carlos Silva Junior, orientado pelo Professor André Luis da Silva Castro, defendeu seu título de mestre no Mestrado Profissional em Ensino para a Educação Básica do Instituto Federal Goiano - Campus Urutaí.

Inspirado pela necessidade de tornar o complexo tema de botânica mais cativante e acessível aos estudantes rurais, Luiz Carlos criou um jogo de tabuleiro como ferramenta de ensino.

O jogo, foi o produto entregue pela conclusão do mestrado. A dissertação intitulada "Jogo de Tabuleiro como Ferramenta de Ensino em Botânica na Educação Básica na Área Rural em Goiás", conduz os estudantes no fascinante universo das plantas, explorando os quatro grupos botânicos principais: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. O objetivo? Levar o aprendizado da sala de aula cheio de teorias para a tentativa de facilitar a compressão transformando-a em uma aventura divertida.

Com base em pesquisas que revelaram a importância de recursos pedagógicos inovadores para atrair e estimular os estudantes, o jogo de tabuleiro botânico oferece um ambiente lúdico, desafiador e interativo. Ele desperta a curiosidade, incentiva a criatividade e engaja os estudantes de maneira ativa durante o processo de aprendizagem. Os estudantes competem entre si, respondendo a perguntas sobre botânica em um percurso pelo tabuleiro. As perguntas, classificadas de acordo com a taxonomia de Bloom, abrangem desde níveis mais fáceis até desafios mais complexos, adaptados ao conteúdo de Botânica estudado.

Os resultados dessa abordagem pedagógica, segundo consta na dissertação, foram satisfatórios. Antes e após a aplicação do jogo, os estudantes participaram de questionários que avaliaram sua percepção sobre a importância da Botânica e seu ensino. O jogo despertou o interesse dos estudantes, proporcionou uma compreensão mais profunda das plantas e sua relação com a sustentabilidade da região rural. Além disso, o jogo incentivou a correlação dos conceitos botânicos com a realidade cotidiana dos estudantes, tornando o aprendizado mais significativo e aplicável.

Desenvolvido com cuidado e precisão, o "Jogo Botânico" apresenta personagens que representam os grupos botânicos. Os estudantes têm a oportunidade de explorar cada grupo de plantas e descobrir seus segredos à medida que avançam no tabuleiro. Projetado para estudantes do Ensino Médio, acima de 14 anos, e alinhado com a Base Nacional Comum Curricular, o jogo desperta a curiosidade e o entusiasmo dos estudantes, tornando o aprendizado uma experiência empolgante e gratificante.

No entanto, o sucesso do jogo de tabuleiro depende não apenas da sua criação, mas também da preparação dos professores para utilizá-lo como uma ferramenta pedagógica eficaz. É essencial que os educadores estejam capacitados para guiar os estudantes através do jogo, facilitando a compreensão das regras e estimulando discussões enriquecedoras sobre os conceitos botânicos abordados.

O trabalho pioneiro demonstra que metodologias criativas, lúdicas e de baixo custo, são possíveis e despertam o interesse dos estudantes e incentiva-os a buscar conhecimento em diferentes níveis de estudo, desde a educação básica. Ao promover uma aprendizagem significativa, os estudantes se tornam protagonistas ativos do seu próprio processo de formação, desenvolvendo habilidades cognitivas, sociais e emocionais fundamentais.

Graças a iniciativas como essa, a temas tidos com chatos e complexos pelos estudantes podem se tornar matéria que inspira, cativa e transforma vidas de maneira mais fácil, compreensível e dinâmica.

Confira a dissertação na íntegra: CLIQUE AQUI

ASCOM - CAMPUS URUTAÍ