Pesquisador do Instituto Federal Goiano - Campus Urutaí realiza estudo sobre unidades de conservação do Brasil
Pesquisa mostra que o conhecimento biológico sobre as espécies que habitam as unidades de conservação brasileira ainda é muito baixo.
Estudo realizado comprova que apesar do Brasil ser um país rico em biodiversidade, abrigando uma enorme quantidade de animais e vegetais nos mais diferentes tipos e grupos, o número de lacunas de conhecimento acerca destas espécies ainda é grande. De maneira geral, o artigo mostra que 55% das espécies brasileiras e 40% das linhagens evolutivas existentes no país não ocorrem em unidades de conservação.
As espécies endêmicas, que são espécies exclusivas do Brasil e não ocorrem em nenhum outro lugar do mundo, ao serem avaliadas, em sua maioria, não estão sendo protegidas pelas unidades de conservação.
Daniel de Paiva Silva, professor do IF Goiano – Campus Urutaí e docente do Mestrado em Conservação de Recursos Naturais do Cerrado, um dos autores do artigo, disse que "no contexto atual, o mais recomendado seriam políticas de aumento da quantidade de unidades de conservação para se obter uma proteção mais efetiva das espécies do que diminuição das mesmas". Outro resultado importante, constatado pelos pesquisadores, foi que as terras indígenas foram e ainda são importantíssimas na região da Amazônia para a proteção da biodiversidade nesse bioma.
Objetivo
O objetivo dos pesquisadores foi verificar o grau de conhecimento e de proteção da biodiversidade nas unidades de conservação do Brasil, que são áreas destinadas para a manutenção dessa biodiversidade e divide-se em três regiões: proteção integral, uso sustentável e terras indígenas.
Assim, os pesquisadores concluíram que é necessário a implantação de mais unidades de conservação e proteção da natureza para que a biodiversidade brasileira esteja protegida contra eventuais problemas ambientais relacionados às atividades antrópicas.
Reconhecimento da pesquisa
A pesquisa é fruto de uma parceria com pesquisadores do Brasil, de diversas instituições, como Universidade Federal de Viçosa, Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal de Goiás, entre outras, e ainda pesquisadores da Argentina e Singapura. O artigo foi publicado na revista Scientific Reports, em agosto de 2017, um periódico renomado mundialmente, do Grupo Nature e de alto fator de impacto (4,84). O artigo encontra-se disponível no link: https://www.nature.com/articles/s41598-017-08707-2
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