2º Ceagre Agro Experience tem início em Rio Verde
Evento segue até 18 de maio, com foco em inovação no campo, e traz programação voltada a produtores, empresários e acadêmicos
Nesta terça-feira, 16 de maio, o Centro de Excelência em Agricultura Exponencial (Ceagre), sediado em Rio Verde (GO) deu início à segunda edição do Ceagre Agro Experience, um evento voltado a pesquisadores, empresas e profissionais do Agronegócio, com foco na inovação no campo. Com programação que seguirá até o próximo dia 18, o evento tem quatro eixos temáticos: políticas públicas para Ciência e Pesquisa, Manejos de altas produtividades, Inteligência Artificial e Bioinsumos.
Em 2023 o Ceagre Agro Experience traz como tema Produtividade com Sustentabilidade, e almeja capacitar e conectar o amplo circuito que envolve a produção agropecuária, entre produtores, acadêmicos e empresários. Entre os parceiros do evento estão a Fapeg, o Governo de Goiás, o Sindicato Rural de Rio Verde, a Emater, Faeg Jovem, Senar Goiás, Caixa Econômica, Banco do Brasil, além da Prefeitura de Rio Verde e empresas como Mighty Greens, Fazendas Bioma e Prime Soluções Agrícolas.
As falas da solenidade de abertura tiveram início com o diretor-geral do Centro, Alan Costa, que também é pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do Instituto Federal Goiano (IF Goiano). Ele lembrou que a integração da chamada quádrupla hélice da inovação - academia, governo, empresas e sociedade - é o motivo maior da realização do Agro Experience, aproximando essas partes e apresentando o que o Centro propicia, que é “o desenvolvimento de tecnologia, com diminuição do risco em seu uso”, além de pôr à disposição dos produtores e empresários recursos humanos altamente qualificados e uma infraestrutura laboratorial bem equipada.
“Quando a gente coloca equipamentos de alta performance, recursos financeiros e recursos humanos capazes de modificar os processos e corrigir rotas, o risco de essa inovação não dar certo diminui de maneira intensa”, afirmou Costa ao trazer o objetivo do Ceagre e dos projetos por ele abarcados. Ele classificou o Ceagre como um projeto “desafiador e ousado”, e convidou os empresários e produtores para fazerem uso de sua estrutura, com vistas à “consolidação e sucesso da agricultura goiana, que é uma das mais inovadoras do País”.
Sobre o mesmo ponto, o da segurança para uso das tecnologias inovadoras, falou o superintendente de Gestão Integrada da Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, Renato Faria. “Acreditamos que o Ceagre tem condição de nos conduzir num processo muito mais seguro no uso das tecnologias, na ampliação de uso de bioinsumos na produção agrícola, na sustentabilidade e em programas de conformidade”, afirmou.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), uma das responsáveis pelo Ceagre, foi representada pelo seu diretor de Programa e Monitoramento, Vanderlei Cassiano. “Estamos vendo aqui cerca de 40 logotipos, de empresas, entidades governamentais, que representam muito bem essa questão da quádrupla hélice. O apoio da Fapeg e do governo estadual é reconhecer esse potencial na cidade de Rio Verde”, afirmou Cassiano. Ainda em sua fala, ele lembrou que o IF Goiano recebeu o primeiro polo Embrapii do estado, justamente na cidade de Rio Verde, o que demonstra o potencial do município.
Cassiano encerrou sua fala direcionando duas mensagens, aos empresário do Agronegócio e aos jovens que desejam trabalhar com Ciência e Tecnologia. “Empresário, produtor, confie no Ceagre. [A Fapeg] está dando segurança jurídica e de fomento a uma iniciativa que é um redutor de riscos. E, jovem, confie nessa iniciativa. Se você quer trabalhar com inovação, com Inteligência Artificial, o tema do Agro é um tema da hora, e estamos aqui propiciando isso a vocês”, concluiu.
Para Sheila Pires, subsecretária de Inovação e Desenvolvimento Sustentável da Secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), “ciência, tecnologia e inovação é um trinômio extremamente importante para que possamos fazer de Goiás uma região mais produtiva, mais competitiva e mais sustentável. Não dá para avançar, em qualquer setor, se não olhamos para essas três palavras”. Ela comemorou a realização do evento, ao discutir a inovação dentro da produção agropecuária. “Goiás é uma potência no Agro, e precisamos ser também uma potência em inovação [nessa área]”, afirmou.
Sheila Pires, que falou em nome da Secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação de Goiás
O diretor-geral do Campus Rio Verde, Fabiano Silva, falou sobre o papel central que atribui ao IF Goiano - a formação de profissionais qualificados - e a importância das parcerias para alcançar esse objetivo. “Dificilmente será possível formar bem as pessoas se a instituição não tiver uma forte atuação com a iniciativa privada, com o executivo municipal, estadual e federal”, afirmou, agradecendo a presença dos entes parceiros. “Uma instituição que investe de verdade em inovação, pesquisa e geração de tecnologia envolve seus estudantes nessas ações”.
Produzir tecnologia, e não importar - Ainda em sua fala, Fabiano elogiou a gestão municipal de Rio Verde, que tem abraçado a temática da inovação e do desenvolvimento tecnológico. “É preciso gerar tecnologia aqui dentro da nossa região, e não lá fora, para depois a importarmos. E Rio Verde tem tudo o que é necessário para a produção dessa tecnologia”, afirmou Silva, que teve sua fala corroborada pelo prefeito do município, Paulo do Vale, o qual apontou a importância da ciência como norteador de decisões políticas.
“Hoje é um dia muito especial, quando vemos decisões e atitudes políticas bem tomadas dando resultado”, afirmou, ao falar sobre a criação do Centro. “Foi uma provocação, aproveitar ciência e conhecimento para que possam trazer benefícios à sociedade. [...] E o Ceagre é ciência, é conhecimento, é solução. É um salto no desenvolvimento do conhecimento no nosso estado de Goiás”, concluiu.
A pesquisadora Sandramara Matias, presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape) da Universidade Federal de Goiás (UFG), citou o Ceagre como um dos importantes projetos geridos pela Fundação, e de importância para o estado frente ao papel que o Agronegócio já ocupa. “É importante destacar o que é o papel do Agro e o papel de projetos dessa natureza, que investem em ciência, tecnologia e inovação numa área extremamente importante para o desenvolvimento do estado e do nosso País”, afirmou.
O reitor do IF Goiano, Elias Monteiro, cuja fala reforçou a finalidade social da ciência
Encerrando as falas de abertura, o magnífico reitor do IF Goiano, Elias Monteiro, ressaltou que, enquanto instituição de ensino, é importante estimular a criatividade dos estudantes, formando para a sustentabilidade e com o caráter humano. O reitor celebrou o Ceagre e outras iniciativas similares, que envolvem a quádrupla hélice mencionada por Alan Costa: “É por meio destes arranjos que temos possibilidade de mediar o que está ocorrendo no mundo e a academia”. E, finalizando, reforçou que o fim da tecnologia precisa se centrar no aspecto humano: “A tecnologia vem sim para resolver os nossos problemas, mas principalmente para dar qualidade de vida e mais igualdade entre todos nós”.
O Ceagre - Nascido da parceria entre IF Goiano, Fapeg, Estado de Goiás e Prefeitura de Rio Verde, o Centro tem o compromisso de desenvolver tecnologias e aplicá-las no campo, otimizando a gestão de safras e agropecuária do pequeno, médio e grande produtor e para toda a cadeia do agronegócio do estado, por meio da Agricultura Exponencial. Esta consiste em inovações aplicadas a cadeia do agronegócio que permitam o crescimento da geração de valor em uma curva exponencial utilizando como meio a Internet das Coisas (IoT), Big Data e outras tecnologias voltadas para o Agro 4.0.
Vanderlei Cassiano, da Fapeg, Renato Faria, da Seapa, e outros parceiros do Ceagre, em diversos eixos, foram homenageados ao fim da solenidade de abertura
Diretoria de Comunicação Social/ IF Goiano
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