Em evento, acadêmicos celebram o Dia do Químico

Por Tiago Gebrim

 

Na última quarta-feira, 19 de junho, o Campus Ceres do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) comemorou o Dia do Químico. O evento, realizado especialmente para acadêmicos do curso de Licenciatura em Química, trouxe egressos que estão em distintas áreas da profissão para um bate-papo com os estudantes, além de uma palestra sobre as possiblidades de atuação do químico, licenciado ou bacharel.

Abrindo a programação do evento, o egresso Fernando Yuri, atualmente integrante do Conselho Regional de Química da 12ª região, que atende os estados de Goiás e Tocantis, além do Distrito Federal, iniciou sua fala explicando a atuação do órgão e sua formação. O palestrante abordou dados técnicos, como as atribuições oficiais de cada profissional – disponíveis na Resolução Normativa nº 36/1974 –, além do rito para solicitação do registro, que pode ser requerido a partir do último período da graduação (desde que tenha se cumprido o estágio). Também apresentou, virtualmente, a sede do CRQ em Goiânia (GO).

Mais à frente, Yuri trouxe possibilidades conferidas pelo Conselho a seus filiados, e nem sempre conhecidas por quem está de fora. Uma deles é o visto temporário, que permite ao profissional atuar, por tempo determinado, em outra unidade da federação. Outro ponto, que se relaciona diretamente com as áreas de trabalho, é a possibilidade de averbar disciplinas cursadas isoladamente, bem como outros cursos correlatos, ao registro. Com isso, o profissional tem a chance de ampliar seu rol de atividades, abrindo outras portas, conforme o caso.

 

Finalizada a apresentação de Yuri, os egressos Jéssica Lorrana Silva, Mariane Silva, Carlos Ferreira da Silva e Mylena Vilela foram convidados para o bate-papo, que teve participação de docentes do curso presentes na comemoração. A ideia era expor aos estudantes um pouco sobre a trajetória de cada um e as vertentes profissionais que seguiram.

Jéssica, que integrou a primeira turma de Química do Campus Ceres, falou sobre as dificuldades enfrentadas, como a pouca infraestrutura e o quadro docente deficitário à época – uma situação totalmente diferente da atual. A graduada, que é apaixonada pela docência, falou um pouco dos desafios e de sua trajetória. Hoje concursada na Rede Estadual, Jéssica atuou inclusive no próprio Campus, como profissional substituta e dado aula a outros dois egressos ali presentes.

Carlos da Silva, que atualmente está concluindo o mestrado em Química pela Universidade Federal de Goiás, foi unânime em relatar como a formação e a própria instituição pública lhe abriram portas. Na mesma direção, Mariane, que antes de ser egressa da Licenciatura em Química já o era pela conclusão do curso técnico em Agropecuária, falou sobre agregar as oportunidades que o Campus apresenta aos estudantes. A profissional atualmente é responsável técnica em duas empresas de laticínio, fazendo uso das competências adquiridas tanto na graduação quanto na formação técnica.

Mylena já é outro exemplo. Tendo chegado ao curso depois de ter muitas dificuldades na disciplina de Química durante o Ensino Médio, a egressa enveredou para os concursos e conseguiu ser aprovada, no último edital aberto, para o cargo de Técnica de Laboratório em Química, aqui no próprio Campus. Em sua fala, assim como na dos demais egressos, listou muitas dificuldades encontradas, inclusive com o próprio conteúdo do curso, mas hoje celebra a perseverança: “Eu por muitas vezes pensei em desistir, e hoje estou aqui”, comemorou.

 

(Esq. para dir.) Jéssica, Mariane, Carlos e Mylena, egressos da Licenciatura em Química

 

Para Fabiana Marques, docente do curso e que foi a responsável pela organização do evento, essas ocasiões são sempre proveitosas. “São eventos como esses que abrem os horizontes de oportunidades que os discentes podem vir a encontrar com a profissão de Licenciado em Química”, afirma.

Enfatizando a importância da presença de entidades como o CRQ, ela acredita que nos momentos de fala, os estudantes podem vislumbrar oportunidades de trabalho que não se desvelam tão facilmente no cotidiano. “O contato com egressos e troca de experiências possibilita uma visão que dentro da sala de aula não é possível. São esses pequenos espaços extraclasse que permite muitos estudantes a definir seu futuro na profissão”, conclui.

 

 

 

COMUNICAÇÃO SOCIAL Campus Ceres