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IF Goiano faz sua primeira transferência de tecnologia

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Publicado: Terça, 03 de Dezembro de 2024, 18h41 | Última atualização em Quinta, 05 de Dezembro de 2024, 18h24 | Acessos: 139

A inovação é um amostrador para armazéns de grãos, desenvolvido por uma parceria entre o Polo de Inovação, a empresa Saur e a Embrapii.

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O Instituto Federal Goiano (IF Goiano) realizou seu primeiro processo de transferência de tecnologia. A novidade é uma solução para amostragem de grãos em armazéns, desenvolvida por uma parceria entre o Polo de Inovação e a iniciativa privada. O projeto contou ainda com fomento da Embrapii, organização social ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação que incentiva a inovação tecnológica na indústria brasileira.

A nova tecnologia permite que as unidades armazenadoras tenham mais precisão na mensuração de impurezas que chegam nos carregamentos de grãos. Isso porque, após a colheita, grãos como soja e milho são enviados para armazéns, onde passam por processos de secagem e armazenamento que garantem sua durabilidade. Entretanto, os carregamentos de grãos podem conter muitas impurezas que prejudicam esses processos.

Por isso, além de pesar os grãos que recebem dos produtores rurais, os armazéns determinam a quantidade de impurezas. Isso é feito com a coleta de amostras do carregamento, utilizando diferentes dispositivos e técnicas. Quanto mais impurezas, maior é o desconto no valor pago pelos grãos, o que influencia os produtores na regulagem das máquinas de colheita para assegurar mais qualidade.

No entanto, os dispositivos disponíveis atualmente para amostragem dos grãos possuem limitações para medir a quantidade de algumas impurezas. “As impurezas mais finas podem provocar e disseminar incêndios em secadores e prejudicam o armazenamento dos grãos, pois dificultam a passagem do ar, o que pode causar perda de qualidade do produto”, explicou o professor Osvaldo Resende, coordenador do projeto.

Em parceria com a Saur, empresa parceira do projeto e que recebeu os direitos de exploração comercial da inovação, a equipe do professor Osvaldo desenvolveu um protótipo e um modo de coletar grãos que tem mais precisão para quantificar essas impurezas. O equipamento utiliza tecnologia pneumática, isto é, aspira a amostra, e possui formato e configuração diferentes dos atuais amostradores, o que contribui para aumentar sua eficiência.

Os testes foram feitos com cargas de soja e de milho em um armazém parceiro em Jataí (GO) e comparados com as amostragens realizadas por outros amostradores, como o calador manual, a sonda pneumática tradicional e o caneco chamado “pelicano”.

Segundo o Gerente de Engenharia e Desenvolvimento da Saur, Cristiano Menegon, o projeto com  IF Goiano partiu de uma demanda da empresa, que precisava de um parceiro para gerar dados confiáveis e interpretações baseadas em ciência sobre o desempenho de seus protótipos. “Conseguimos desenvolver um novo produto, testar, homologar em operação e condições reais, tendo assim a confiança necessária para aplicar e dispor ao mercado um novo conceito de sonda de amostragem”, explicou.

Com a transferência de tecnologia, agora a empresa Saur pode produzir e disponibilizar o amostrador no mercado, aperfeiçoando o processo de recebimento dos grãos pelos armazéns. O contrato de transferência de tecnologia recebeu suas últimas assinaturas neste dia 3 de dezembro e garante royalties do produto ao IF Goiano.

Inovação

O Diretor-Geral do Polo de Inovação, Gustavo Castoldi explica que a transferência de tecnologia atesta a capacidade do IF Goiano de desenvolver soluções eficazes para problemas reais. “A parceria da empresa e seu interesse em comercializar o produto demonstram que estamos conseguindo conectar conhecimento científico e as necessidades do setor econômico”, comenta ele. “Somente ao ganhar valor na sociedade que a invenção ou novidade tecnológica se transforma de fato em inovação”, comenta o diretor.

Para a diretora da Agência de Inovação do IF Goiano, Márcia de Fazio, as parcerias entre o setor privado e as instituições de ciência e tecnologia são parte fundamental do sistema de inovação, e a transferência de tecnologia concretiza os resultados positivos desse tipo de cooperação: “A transferência é resultado dos esforços colaborativos com o setor produtivo para o desenvolvimento de uma tecnologia que impacta na competitividade da empresa e que contribui para o desenvolvimento econômico, uma vez que eleva a qualidade dos serviços prestados e dos produtos que chegam ao mercado”, avalia a diretora.

O reitor do IF Goiano, Elias de Pádua Monteiro, ressalta que a transferência completa o ciclo virtuoso do fomento público à inovação. “Uma nova tecnologia no mercado significa recolhimento de impostos que retroalimentam o sistema de incentivo público à inovação”. Nesse ciclo, segundo ele, o mundo do trabalho ganha postos mais especializados e com maiores rendimentos. "E com a participação de estudantes nos projetos de inovação, o IF Goiano cumpre sua missão de formação profissional para um país mais competitivo e desenvolvido", conclui o reitor.

Núcleo de Relações Institucionais do Polo de Inovação
Texto e foto: Karen Terossi

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