Mesa redonda discute Fundamentos do Modelo Escola Fazenda
Primeira mesa redonda do III Pensando a Educação em Goiás discute Fundamentos do Modelo Escola-Fazenda.
Primeiro tema discutido no III Pensando a Educação Profissional, a mesa redonda Fundamentos do Modelo Escola-Fazenda: sua funcionalidade e resultados ao longo do período COAGRI e posteriores focou na atualização do currículo dos cursos técnicos em agropecuária para atender o novo modelo produtivo de agronegócio.
A palestra foi realizada pelo reitor do IF Catarinense, Francisco José Montório Sobral, e teve como debatedores Oscar Lamounier Godofredo Júnior, das extintas COAGRI, e Sérgio Pedini, do IF Sul de Minas. A mediação da mesa redonda ficou por conta do pró-reitor de Extensão do IF Goiano, Sebastião Nunes da Rosa Filho.
De acordo com o palestrante, as escolas agrotécnicas foram criadas para atender um modelo de agronegócio das décadas de 1970 e 1980. Mas este modelo não é mais reflexo do arranjo produtivo no campo e as escolas devem abraçar outras iniciativas, como a agroecologia, agricultura familiar e outras formas menos extensivas mas de extrema relevância na atualidade.
“Obviamente, algumas coisas mudaram, mas não o suficiente. A essência ainda é para um currículo muito voltado para um perfil de qualificação profissional. Hoje temos um desafio: pensar um modelo de agricultura diferente”, diz Sobral.
Segundo Oscar Lamounier, é de extrema importância o resgate histórico da implantação do modelo de Escola-Fazenda. “Esta é a primeira vez que sou chamado para uma discussão deste tipo e estive a frente desta implantação”, comenta.
Para o debatedor Sérgio Pedini, é necessário observar a possibilidade de maior utilização da Pedagogia da Alternância para que o curso técnico em agropecuária possa oferecer uma formação completa. Pedini lembra que em reuniões anteriores com responsáveis pela educação profissional na Austrália, foi-se detectado a utilização deste modelo com sucesso.
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