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Agronegócio

Ceagre implantará melhorias para auxiliar agricultores na safra 2024/25

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Publicado: Sexta, 17 de Mai de 2024, 10h22 | Última atualização em Terça, 21 de Mai de 2024, 10h02 | Acessos: 249

Objetivo é permitir avaliações agrometeorológicas mais rápidas e precisas para ajudar na tomada de decisões e evitar prejuízos.

Pesquisador Fernando Cabral acompanha imagens de monitoramento provenientes de estações meteorológicas. Foto: Ceagre
Pesquisador Fernando Cabral acompanha imagens de monitoramento provenientes de estações meteorológicas. Foto: Ceagre

O Instituto Federal Goiano (IF Goiano), por meio do Centro de Excelência em Agricultura Exponencial (Ceagre) e do Centro de Excelência em Estudos, Monitoramento e Previsões Ambientais do Cerrado (Cempa-Cerrado) e em conjunto com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) estudam a ampliação do Sistema de Informações Agrometeorológicas (Siag) para o Sudoeste do estado, com vistas à safra da soja 2024/25. O objetivo é permitir avaliações mais rápidas e precisas que possam auxiliar produtores a evitar prejuízos como os obtidos na safra passada, em virtude das fortes ondas de calor e irregularidade das chuvas que afetaram o estado de Goiás.

Atualmente, as avaliações meteorológicas são efetuadas semanalmente e com maior foco no município de Rio Verde. Essas previsões já contribuíram para a tomada de decisões quanto aos impactos sofridos nas lavouras no final do ano passado e início deste ano, quando, inclusive, o Governo do Estado de Goiás declarou estado de emergência para a região. Mas na próxima safra pretende-se implantar previsões de tempo específicas para outros municípios, que detectam temperatura, umidade e chuvas semanais num período de seis horas, para todas as cidades do Sudoeste.

Para tanto, serão ampliadas a rede de estações meteorológicas – atualmente são nove distribuídas em propriedades da região - e sensores de superfície, a equipe técnica e a capacidade de processamento e análise de dados. Essas informações e estudos desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores são capazes de auxiliar os agricultores no cultivo e na implementação de estratégias de readequação de acordo com as condições do clima.

O Siag é um sistema de repasse das informações feito por meio de um grupo no aplicativo WhatsApp. O grupo tem hoje cerca de 400 produtores e jornalistas do agronegócio conectados a veículos de comunicação proeminentes neste mercado. A iniciativa é uma estratégia de democratização do acesso dos agricultores a dados meteorológicos pertinentes às suas lavouras, contribuindo para que eles possam ter uma noção mais aprofundada sobre as mudanças climáticas e os seus impactos nas culturas.

Na última safra, por exemplo, a irregularidade das chuvas e o registro de vários dias com temperaturas próximas de 40° prejudicaram a evolução do cultivo da soja, especialmente na região Centro-Oeste. “Para essa cultura, as temperaturas ótimas de crescimento se situam entre 24 °C e 30 °C”, explica o professor e pesquisador do Ceagre Adinan Alves. Segundo ele, aumentos em torno dessas médias prejudicam o crescimento e a produtividade, sobretudo se ocorrerem associados a outros fatores de estresse ambiental.

Essas condições exigiram dos produtores replantio da soja e antecipação do plantio do milho safrinha mas, mesmo assim, as perdas na produtividade chegaram a 23% de acordo com relatório feito pela Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg) e a cotação dos grãos ficou 30% menor em comparação com o ano anterior, de acordo com o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag).

Na avaliação do Ceagre, as condições climáticas do primeiro trimestre deste ano também não favoreceram o cultivo da soja. Houve chuvas, mas irregulares, intensas, com rajadas de ventos fortes e, em alguns locais, queda de granizo. De acordo com o pesquisador do Centro de Excelência e da Cempa Angel Domínguez Chovert, essas condições também afetaram o andamento da colheita da soja, especialmente pela alta umidade do solo neste período.

Ceagre Experience - Além dos estudos no campo da agrometeorologia, o Ceagre estuda, por meio do Laboratório de Inovação Técnica (LIT) de Ecofisiologia e Produtividade Vegetal do Instituto Federal Goiano – Campus Rio Verde, estudos para identificação de cultivares de soja mais tolerantes às ondas de calor e seus impactos.  Todas essas pesquisas foram apresentadas durante o 3° Ceagre Agro Experience, evento promovido em Rio Verde pelo Centro de Excelência de terça, 14, a quinta-feira, 16, com o tema "Mudanças climáticas e seus impactos na agricultura” (veja abaixo).

Rio Grande do Sul – Em virtude da tragédia climática ocorrida no Rio Grande do Sul, o Ceagre e o Cempa também têm utilizado o Siag para repassar informações relacionadas à previsão do tempo da região para os próximos dias. “Muitos agricultores têm familiares que moram no Sul e esta é uma maneira de informá-los onde e com qual intensidade ocorrerão as próximas chuvas”, explica o professor Fernando Cabral, pesquisador do Ceagre.

 

Saiba mais: IF Goiano promove 3° Ceagre Agro Experience em Rio Verde

 

Diretoria de Comunicação Social

 

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