Essa pagina depende do javascript para abrir, favor habilitar o javascript do seu browser! Ir direto para menu de acessibilidade.

Opções de acessibilidade

GTranslate

    pt    en    fr    es
Página inicial > Últimas Notícias > “Não existe idade para ser pesquisador”
Início do conteúdo da página
Pesquisador Destaque

“Não existe idade para ser pesquisador”

0
0
0
s2sdefault
Publicado: Sexta, 05 de Mai de 2023, 17h43 | Última atualização em Sexta, 05 de Mai de 2023, 17h43

A pesquisa sempre teve um papel relevante na trajetória profissional de Gilberto José de Faria Queiroz. Mineiro, docente e ex-diretor geral do Campus Rio Verde, mesmo aposentado, aos 67 anos recém-completados segue como voluntário no Laboratório de Biotecnologia da unidade. Conheça um pouco de sua trajetória.

"Depois que voltei até minha autoestima melhorou", conta o professor aposentado Gilberto Queiroz. Foto: acervo pessoal.
"Depois que voltei até minha autoestima melhorou", conta o professor aposentado Gilberto Queiroz. Foto: acervo pessoal.

Pesquisa Aplicada

Nascido na zona rural do município de Santa Vitória – Minas Gerais, Gilberto teve toda a sua trajetória acadêmica realizada nesse estado. Porém, a vivência com a pesquisa deu-se a partir de sua vinda para Goiás, em 1980 quando atuou na autarquia que integrou o Instituto Federal Goiano e onde fez carreira como docente e gestor.

Embora não considere a pesquisa como sua atividade profissional principal, Gilberto explica que nos 17 anos em que esteve na docência, todas as aulas eram baseadas em dados de pesquisa.  Além disso, ele e seus alunos atuaram como colaboradores assíduos da Empresa Goiana de Pesquisa Agropecuária (Emgopa) – hoje incorporada à Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater).  “Na época eles tinham pouco pessoal para ajudar nos experimentos do campus”, justifica.

Mas foi mais tarde, quando já havia se tornado dirigente da então Escola Agrotécnica Federal de Rio Verde, que o engenheiro agrônomo verdadeiramente imergiu no universo da pesquisa. “Interessei-me pela área social, queria ajudar a escola a se desenvolver. Então cursei mestrado em Economia na Universidade Federal de Uberlândia”, conta. O estudo de Gilberto tratou do papel do setor público na assistência técnica, extensão rural e na pesquisa e inovação tecnológica do estado de Goiás. “Ficou claríssimo que todo o dinheiro público investido nessas áreas davam retorno para a sociedade”, relembra.

Com o conhecimento adquirido pelo mestrado e, na sequência, pelo doutorado em Geografia Agrária, também pela UFU, o professor se municiou de subsídios importantes para a tomada de decisão junto às equipes diretivas da escola. “Convoquei os professores para que fizessem pós-graduação. Passados 12 anos já tínhamos quase todo o quadro de servidores com mestrado e cerca de 50% com doutorado”, explica. Para Gilberto, a capacitação foi fundamental para alçar o Campus Rio Verde como referência em pesquisa, graduação, pós-graduação e inovação.

Pausa e retorno

Gilberto aposentou-se em 2010, em virtude de problemas de saúde. “Fiquei 12 anos me cuidando mas nunca deixei de estudar e fazer pesquisa”, comenta. Na sua propriedade particular, desenvolveu vários trabalhos e protocolos com plantas nativas de Goiás. Disposto a colaborar com a instituição que o acolheu, Gilberto decidiu fazer um trabalho voluntário no Laboratório de Biotecnologia do campus. “Estava me sentindo muito isolado e depois que voltei até minha autoestima melhorou. No ambiente acadêmico você participa, conversa com jovens iniciando os passos na pesquisa, sonhando com a vida, isso é estimulante”, comemora.

Hoje, o pesquisador desenvolve um amplo trabalho com preservação de espécies em extinção como orquídeas e palmeiras nativas do estado de Goiás - guarirobas e jerivás. Além disso, presta gratuitamente ao laboratório o serviço de tradução técnica de artigos científicos, capítulos e livros da área de biotecnologia. A satisfação com o voluntariado é tamanha que o professor recomenda. “Aconselho àqueles que se aposentarem, poderia haver até uma lei que facilitasse isso nos órgãos públicos federais, em âmbito nacional e sem muita burocracia, apenas com objetivo de colaborar com as instituições”, defende. “Não existe idade pra ser pesquisador”, complementa.

E aos que estão ingressando no universo da pesquisa, o conselho é enveredar-se pelas inovações tecnológicas. “Percebo que o conhecimento básico já existe em praticamente todas as áreas do conhecimento. Então verifique se o que você quer estudar já não foi citado pela literatura, faça uma busca, e procure o que há ali para se criar ou aperfeiçoar”, indica.

 Diretoria de Comunicação Social

registrado em:
Fim do conteúdo da página