Ação interinstitucional promove as Jornadas pela Democracia

O mês de setembro foi marcado pelo início dos julgamentos, por parte do Supremo Tribunal Federal (STF),  acerca da tentativa de golpe de Estado ocorrida no Brasil. É neste contexto de responsabilização e de reflexão sobre o avanço do autoritarismo no País que oito instituições de ensino e entidades de classe em Goiás se uniram. Diante da necessidade de se opor aos discursos de ódio e de se fortalecer a democracia, as instituições vão realizar as Jornadas pela Prevalência das Ideias Democráticas e Progressistas.

As primeiras mesas-redondas ocorrem em outubro, sempre das 19h às 21h, no auditório do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), em Goiânia.  Nos dias 3 e 4, ocorre a primeira etapa. Nos dias 30 e 31, será realizado o segundo ciclo, todos com emissão de certificado. São oito instituições parceiras: A Universidade Federal de Goiás (UFG); o Adufg-Sindicato; o Instituto Federal Goiano (IF Goiano); o  Instituto Federal de Goiás (IF Goiás); a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás); o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) e as universidades federais de Catalão (UFCat) e Jataí (UFJ).

Mesas - O papel da ciência e da educação básica e superior na formação de uma sociedade mais engajada com a democracia será a pauta da mesa de abertura “Luta Ideológica - Educação e Ciência”, na terça-feira (3/10). Os convidados deste dia são a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Manuella Mirella; o presidente de honra da Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro; a professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (FE/UnB), Catarina de Almeida Santos; o assessor da presidência da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e ex-reitor da UFG, Edward Madureira Brasil. 

Na quarta-feira (4/10), a programação continua com a mesa “Comunicação no contexto da luta ideológica no Brasil”, com a apresentação dos pesquisadores em comunicação e estratégia digital Fernanda Sarkis e Marcus Nogueira. Os cientistas acompanharam o comportamento criminoso de grupos de extrema direita nas eleições de 2022, rastreando  a disseminação de informações falsas, teorias conspiratórias e mensagens de incitação à violência. Fernanda é mestre em Comunicação Política pela Universidade do Porto, em Portugal, onde foi adjunta do presidente do Conselho Econômico e Social, e Marcus é cientista social pela Universidade Estadual de São Paulo (Unesp).

Segunda etapa - O segundo ciclo de palestras será iniciado no dia 30 de outubro, com a mesa “O debate econômico no contexto da luta ideológica no Brasil”. Para trazer a perspectiva econômica no processo de fortalecimento da democracia, a mesa será composta pelos professores da PUC Goiás Sérgio Duarte e do Instituto de Economia da Universidade de Campinas (IE/Unicamp) Luiz Gonzaga Belluzzo. No dia seguinte e último do ciclo, 31 de outubro, ocorre a mesa “Luta Ideológica - Partido Político e Religião”, que terá como painelistas o presidente da Fundação Maurício Grabois, Adalberto Monteiro; o professor da PUC Goiás Alberto Moreira e o pastor e membro da Associação Brasileira de História da Religião (ABHR) Moab César.