ATER é tema de encontro na Agro Centro-Oeste 2016
II Encontro de Técnicos do Meio Rural debateu trabalho e objetivos da Assistência Técnica e Extensão Rural. O evento teve participação de estudantes do projeto Agente Jovem de ATER de três municípios goianos
Que a Agro Centro-Oeste é espaço plural, nós sabemos. Em três dias de evento estiveram presentes pequenos e grandes produtores, estudantes de cursos técnicos e superiores, principalmente das áreas de Ciências Agrárias, profissionais ligados a diversas áreas como Agronomia, Ecologia, Engenharia Ambiental e Medicina Veterinária. Mas além de todo este público, a Feira separou um espaço especial para jovens que demandam atenção e tem algo em comum: os estudantes das escolas Família Agrícolas goianas.
No evento denominado II Encontro de Técnicos do Meio Rural, organizado em conjunto pelo curso de Agroecologia do Campus Goiás do Instituto Federal de Goiás (IFG) e da Escola Família Agrícola de Goiás (Efago), o encontro teve foco na agricultura familiar e na troca de experiências com técnicos que trabalham junto aos pequenos produtores e em famílias de assentamentos da reforma agrária.
Para a professora Ana Cláudia Silva, do curso técnico em Agroecologia do IFG, a Agro Centro-Oeste é um momento oportuno para discutir a juventude e a Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). “Nós acreditamos que este espaço é muito plural, e conseguimos concentrar um quantidade de jovens que pode somar para o tema que estamos discutindo, que é formação de Ater, dos técnicos que vão para o meio rural”, explica.
Além do IFG e da Efago, o II Encontro de Técnicos do Meio Rural também teve participação de estudantes das escolas Família Agrícola de Uirapuru e Orizona. Estes participantes fazem parte também do projeto Agente Jovem de Ater, com patrocínio da Petrobras e coordenado pela Efago. O projeto visa capacitar jovens rurais para atuarem como agentes de Ater, e tem como um dos objetivos a permanência destes jovens no campo.
Ana Cláudia explica que a maior oportunidade de trabalho dos participantes do Agente Jovem de Ater é atuar em assentamentos da reforma agrária, por meio de editais de chamada pública do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Para ela, o II Encontro teve fundamental importância em esclarecer e exemplificar este trabalho: “Nós conseguimos dar este direcionamento [para a agricultura familiar]. Por exemplo, os palestrantes deixaram claros para quem que queremos trabalhar, para onde vamos. O Encontro de Técnicos deste ano foi Juventude, Agroecologia e Produção, e acreditamos que tenhamos respondido ao anseio deste público”, finaliza.
Opinião de quem está no Encontro – As falas dos estudantes Josué Moreira, 21, do curso técnico em Agropecuária da Escola Família Agrícola de Uirapuru, e Maria Eduarda Moreira, 15, do curso técnico em Agroecologia do IFG, confirmam a declaração de Ana Cláudia. “Esse encontro é importante porque nos mostra pessoas que já estão na área, já estão na assistência técnica ao produtor, e a gente pode ver como é essa experiência”, afirma Josué.
Maria Eduarda, que planeja se graduar em Agronomia, explica como alterou seu de ponto de vista com a participação neste e em outros eventos de agricultura familiar: “Eu pensava antes em trabalhar no meio urbano, em lojas, empresas, e hoje eu quero ter uma relação mais próxima ao produtor, a essa troca de experiências”. Josué, que também pretende ser agrônomo, intenta o mesmo caminho: “Eu quero trabalhar na agricultura familiar, para proporcionar aos produtores de assentamentos uma melhoria de vida, por meio de agropecuária autossustentável”.
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