Lançado projeto Rio Verde, Capital do Futuro Sustentável
Projeto visa transformar Rio Verde em uma referência do alimento saudável, sustentável, resiliente às mudanças climáticas e socialmente inclusivo.
O projeto Rio Verde, Capital do Futuro Sustentável, foi lançado na segunda-feira, 15, no Campus Rio Verde do Instituto Federal Goiano (IF Goiano). A iniciativa foi idealizada pelo IF Goiano, o Instituto Fórum do Futuro e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) para responder ao aumento da demanda de alimentos e, ao mesmo tempo, ampliar a sustentabilidade dos processos produtivos.
Por meio da pesquisa e do desenvolvimento de tecnologias e inovações, o projeto visa transformar Rio Verde em uma referência do alimento saudável, sustentável, resiliente às mudanças climáticas e socialmente inclusivo. Isso permitirá melhorar o diálogo entre a cadeia de valor do alimento (produtores, indústrias, prestadores de serviço, comércio, entre outros) e a sociedade urbana.
O evento contou com a presença de representantes de diversos parceiros locais e internacionais, como a Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO), a Emater, a Embrapa, a Prefeitura Municipal, o Sindicato Rural de Rio Verde, a Comigo e a Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial).
Integração lavoura-pecuária-floresta - No período da manhã, pesquisadores da Embrapa e do IF Goiano, além de representantes do Banco do Brasil, falaram sobre as oportunidades da integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). O sistema produtivo é tema de um dos projetos que integram a proposta Rio Verde, Capital do Futuro Sustentável.
Os pesquisadores João Kluthcouski (Embrapa Cerrados) e Abílio Pacheco (Embrapa Produtos e Mercado) comentaram as oportunidades do sistema. João K focou sua apresentação na integração lavoura-pecuária, mais voltada para áreas que são tradicionalmente utilizadas para agricultura. Segundo o pesquisador, a introdução da pecuária, mesmo em áreas de lavoura com boa produtividade, pode aumentar ainda mais este índice.
Abílio Pacheco, por sua vez, mostrou sua experiência como pesquisador e também como produtor ao inserir o componente florestal em uma área tradicionalmente utilizada para pecuária. De acordo com ele, entre os benefícios dessa integração para o pecuarista, estão a melhoria do bem-estar animal, em razão da sombra das árvores e, consequemente, o aumento do ganho de peso ou da produção de leite. Além disso, as árvores diminuem a variação da temperatura e ajudam o capim a se manter verde por mais tempo.
A pesquisadora Darliane de Castro Santos, do IF Goiano, apresentou na sequência as propostas de fomento e desenvolvimento de soluções tecnológicas para implantação de modalidades de ILPF adequadas aos municípios de Rio Verde e de Iporá.
Em sua palestra, ela explicou que os municípios foram escolhidos porque possuem condições de clima e solo diferentes e representativos de outras regiões de Goiás. “A ideia é encontrar soluções que favoreçam a implantação do sistema integrado em boa parte do estado, levando em conta não só as condições naturais, mas também as vocações produtivas dessas regiões”, explicou ela.
Em seguida, o gerente de negócios do Banco do Brasil, Rodrigo Roberto dos Santos, falou sobre linhas de crédito para financiamento do sistema ILPF e convidou o consultor Cristóvão Bittencourt Ivanco para apresentar um caso de sucesso de integração pecuária-floresta.
O seminário foi organizado pelos programas de pós-graduação do IF Goiano em Bioenergia e Grãos, Ciências Agrárias - Agronomia e Biodiversidade e Conservação, sob coordenação da Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação do Campus Rio Verde e da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação.
Assessoria de Comunicação do Polo de Inovação
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