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Integra IF Goiano

Os casos de sucesso das práticas profissionais integradas no IF Goiano

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Publicado: Quarta, 20 de Setembro de 2023, 12h25 | Última atualização em Sexta, 22 de Setembro de 2023, 08h43

Apresentações realizadas no V Integra mostraram experiências exitosas, com benefícios para estudantes e professores, tanto em técnica quanto em habilidades de relacionamento interpessoal

Na tarde desta terça-feira, 19 de setembro, a programação do V Integra IF Goiano, o maior evento dos eixos de Ensino, Extensão e Pesquisa da Instituição, trouxe para a mesa as experiências de diversas unidades nas chamadas Práticas Profissionais Integradas (PPIs). Os relatos, muitos narrados pelos próprios estudantes participantes, são referentes às incursões das unidades em propostas de integração que visam aproximar o estudante do fazer profissional de sua formação. Além disso, as PPIs também propõem a integração entre disciplinas, de maneira a propiciar um panorama não segmentado das diversas áreas da ciência, visando à formação efetivamente integral dos estudantes.

Foram ao todo oito experiências apresentadas durante o seminário, congregando as unidades de Campos Belos, Catalão, Cristalina, Hidrolândia, Ipameri e Trindade. Na estrutura das apresentações, os professores explanaram o passo a passo de cada projeto, incluindo a questão geradora de cada proposta, enfatizando também os percalços evidenciados durante a realização. O momento foi coordenado pelos servidores Simônia Peres, do Núcleo Pedagógico, e Ricardo Diógenes, coordenador de Ensino Técnico, ambos da Pró-Reitoria de Ensino do IF Goiano.

Seguindo a ideia de aproximação entre prática profissional e a área de formação, as PPIs mostradas no evento orientam-se por uma das vertentes possíveis dentro do campo de possibilidades da formação profissional. Assim, o Campus Avançado Catalão, primeiro a apresentar, trouxe a proposta da Produção de mapas temáticos sobre meio ambiente e qualidade de água, realizada pelos estudantes de 1ª série do curso técnico em Mineração integrado ao Ensino Médio. O desenvolvimento do trabalho envolveu disciplinas base como Geografia e Química, junto das específicas de Mineração, com foco em geoprocessamento. Para chegar aos mapas, seis etapas foram realizadas, entre elas visitas técnicas para coleta de amostras, desenvolvimento de maquetes e os próprios testes das amostras, em laboratório.

O Campus Campos Belos, a exemplo de outras unidades, trouxe para o V Integra três PPIs diferentes, desenvolvidas graças às alterações nos projetos pedagógicos dos cursos, que passaram a abarcá-las. Os projetos, Introdução à Astronomia, Gestão de Resíduos Urbanos e Práticas Sustentáveis e Empreendedoras no desenvolvimento de produtos, tiveram como diferencial a integração entre os cursos do campus, envolvendo estudantes de Agropecuária, Administração e Informática para Internet. Foram três semanas inteiras dedicadas ao desenvolvimento das práticas, já previstas no calendário acadêmico do campus, além de horas inclusas em dois eventos distintos da unidade. Para o docente Darsilvio Melatti Jr., responsável pela apresentação no seminário, um dos trunfos da experiência foi a regência compartilhada, a qual reforçou a aprendizagem colaborativa entre os próprios professores.

Outra PPI apresentada, que demonstrou o protagonismo dos estudantes, foi a proposta Nossa escola, em que medida, desenvolvida no Campus Cristalina junto aos estudantes de 1ª série do curso técnico em Agropecuária integrado ao Ensino Médio. O trabalho envolveu as disciplinas de Desenho Técnico e Matemática, e ocorreu em três etapas principais: a medição das dimensões do campus, com posterior representação em papel, a montagem de uma maquete, a partir dos dados obtidos, e, finalmente, a representação em software, por meio do programa Sketchup. De acordo com o professor Thaigor de Azevedo, a ideia é que o desenho criado possa, futuramente, ser impresso em 3D, criando uma maquete detalhada da unidade.

Entretanto, pode-se considerar como resultado mais importante o desenvolvimento dos próprios estudantes, que além de aprenderem a trabalhar com o software, ainda ministraram minicurso a outros acadêmicos sobre o seu uso. Karla Danyella Duarte, uma das discentes do projeto, enfatizou esse ponto: “pudemos usar o software e ensinar outros estudantes sobre o desenho técnico assistido por computador”. Para Marcos Gomes Martins, o projeto trouxe benefícios mútuos: “eu aprendi a trabalhar com computador, a fazer modelagem e controlei um pouco a minha timidez”, explica, referenciando o fato de terem assumido o posto de professores em frente a outros 40 discentes.

 


Marcos Martins e seu professor Thaigor de Azevedo durante apresentação da PPI Nossa escola, em que medida

 

Um exemplo de PPI estritamente relacionada à formação técnica foi trazido pelo Campus Avançado Ipameri, que relatou o desenvolvimento da proposta Festa Junina 2023: uma experiência de prática integrada enquanto projeto de ensino. Conforme explicou o professor Welton Lourenço de Jesus, um dos responsáveis pela PPI, sua realização foi possibilitada, primeiramente, pela previsão das práticas dentro do chamado Núcleo Articulador, no plano pedagógico do curso. Tendo, então, esse “espaço” definido, eles cunharam uma proposta a partir de uma atividade que já estivesse incluída no calendário acadêmico, que foi o caso da Festa Junina dos estudantes. “Entretanto, agora parametrizamos a atividade como projeto inegrador”, explica Welton.

Os objetivos definidos para a PPI foram, antes de mais nada, a aplicação prática do estudado na área técnica, que, nesse caso, era do curso técnico em Comércio integrado ao Ensino Médio. Os estudantes, todos de 1ª série, não só tiveram de lidar com conceitos técnicos relacionados a marketing, gerenciamento de equipe e contabilidade do evento, como também a liderarem grupos formados por discentes de séries superiores, mantendo a coordenação de toda a Festa Junina. No fim, foram mais R$ 11 mil de entrada de caixa, incluindo patrocínios, e quase 1000 participantes, o que demonstra a complexa organização que os integrantes da PPI promoveram, arregimentando os demais estudantes e servidores da unidade.

Dificuldades e superações - A partir das apresentações, alguns pontos chamaram atenção pela incidência comum nos diversos relatos. Sobre as dificuldades, a carga horária já comprometida dos docentes, com atividades que envolvem, além do ensino, os eixos de pesquisa e extensão, foi a preponderante, bem como a necessidade de vencer o receio de trabalhar temáticas que muitas vezes vão além da área de conhecimento do docente. Esse receio, entretanto, mostrou ser rapidamente superado a partir do início das atividades, no já mencionado aprendizado mútuo que as práticas podem proporcionar.

Por outro lado, ficou bem visível que, a partir do momento que as PPIs se instauram, havendo sido superadas as preocupações iniciais, os frutos são muitos, principalmente em relação à interação entre professores e estudantes e entre esses últimos, nos casos do envolvimento de diversas séries ou cursos em uma mesma proposta. “[A prática] nos ajudou a nos enxergarmos dentro do nosso curso”, e “mudou nossa interação com os professores e a aproximação entre os colegas”, afirmaram as discentes Lidiane de Jesus e Noemy Silva, da unidade de Cristalina. Para Ana Luiza Lima, da PPI Carboidratos que mudaram o mundo, é notória a “diferença entre apresentações dos conteúdos dentro e fora da sala de aula”, com clara vantagem para as feitas nas práticas profissionais.

 


O professor Darsilvio Melatti Jr., do Campus Campos Belos. Unidade propôs PPIs com foco nas habilidades a serem desenvolvidas pelos estudantes, independentemente da área técnica de formação

 

 

Diretoria de Comunicação Social

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