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EXTENSÃO

IF Goiano inicia Programa Mulheres Mil em presídios do estado de Goiás

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Publicado: Sexta, 11 de Outubro de 2024, 15h43 | Última atualização em Segunda, 14 de Outubro de 2024, 18h08

Cursos de qualificação profissional no presídio feminino de Orizona-GO marcam uma nova etapa do programa visando ressocialização e inclusão social.

Aula inaugural do Programa Mulheres Mil no Presídio Feminino de Orizona-GO
Aula inaugural do Programa Mulheres Mil no Presídio Feminino de Orizona-GO

Na manhã de quinta-feira, 10, foi realizada a aula inaugural do Programa Mulheres Mil no Presídio Feminino de Orizona-GO, marcando o início de uma ação pioneira no estado de Goiás. Pela primeira vez, o programa, que é conduzido pelo Instituto Federal Goiano (IF Goiano), será implementado dentro de unidades prisionais femininas, oferecendo cursos voltados à qualificação profissional e inclusão social de mulheres em situação de privação de liberdade.

O evento contou com a presença de representantes do IF Goiano, do Ministério Público (MP-GO), da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), além de professores, coordenadores do projeto, e as próprias detentas que agora se tornam alunas do programa. No decorrer da aula inaugural, foram anunciados dois cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC), que acontecerão até 30 de dezembro de 2024: Contador de Histórias e Olericultura (cultivo de hortaliças).

Entre as internas que participaram da aula inaugural, estava Maria Silva (nome fictício), que contou sobre suas expectativas com a chegada do Programa Mulheres Mil no presídio. Maria, que cumpre pena há quase três anos, vê na educação uma oportunidade de recomeço. Segundo ela, seus três filhos estudam no IF Goiano, e, embora ela tenha conseguido oferecer uma formação para eles, acabou se "perdendo pelo caminho", o que a levou à prisão. Em seu discurso, Maria expressou gratidão pela chance de participar do programa educacional. "Sou muito grata ao IF Goiano por estar apoiando meus filhos e agora trazendo educação para mim também. Eles oferecem oportunidades e a gente consegue ver que ainda há uma luz no fim do túnel", afirma.

Durante a solenidade, o coordenador-geral do Programa Bolsa Formação no IF Goiano (no qual está incluso o Mulheres Mil) e representante da pró-reitoria de Extensão, Cláudio Virote, destacou o impacto positivo do programa, enfatizando o sucesso que a iniciativa tem alcançado em termos de números. "O IF Goiano é o instituto que mais tem conseguido integralizar matrículas e formar mais alunas do que qualquer outra instituição. Isso mostra a eficiência do programa, que consegue executar a maior parte dos recursos empenhados. Estamos felizes em sermos pioneiros dessa ação nos presídios. Nosso papel como instituição de ensino pública é devolver o conhecimento produzido na academia para a sociedade", relata. Virote também ressaltou a relevância da união de esforços em prol da ressocialização dessas mulheres, elogiando o apoio do Ministério Público, que disponibilizou um recurso considerável para a execução do projeto e também a atuação da coordenação de Fomento aos Sistemas de Ensino da Educação Profissional e Tecnológica da Setec - MEC.

A professora do IF Goiano Campus Urutaí, Leonice de Andrade, também faz parte da coordenação do Programa Mulheres Mil e foi idealizadora do Projeto Tessituras - desenvolvido em parceria com o professor Fernando Rocha e a pedagoga Mônica Canuto - projeto que deu início às ações educativas do IF Goiano nos presídios, oferecendo oficinas de leitura dentro das prisões para resgatar a dimensão humana e fornecer suporte à ressocialização. Durante a aula inaugural, Leonice emocionou o público ao falar sobre a importância da transformação dessas mulheres por meio da educação. "O que nos move é a crença de que, por meio dessas ações, podemos ajudar a reconstruir vidas. Com o Tessituras, já vimos como é possível resgatar a dignidade de quem está privado de liberdade, e o Mulheres Mil é uma continuação desse esforço. Não adianta ter títulos, prêmios ou reconhecimento, se isso não servir para mudar vidas. Nós estamos aqui para isso", pontua.

Também presente na solenidade e representando o Ministério Público de Goiás (MP-GO), o coordenador das Promotorias de Justiça de Pires do Rio, Fabrício Roriz Hipólito, ressaltou a importância da parceria entre o MP e o IF Goiano para o sucesso do programa nos presídios. Fabrício destacou a relevância do projeto para a construção de uma nova realidade para essas mulheres. "A educação traz mudanças de cultura e abre portas. O que passou, passou. O que esperamos é que, com essas oportunidades, essas mulheres possam reescrever suas histórias e retornar à sociedade com novas perspectivas. Estamos aqui para apoiar essa transformação".

Larissa Cardoso, diretora do Presídio Feminino de Orizona, também se pronunciou durante a aula inaugural, destacando a importância da parceria entre o IF Goiano e a unidade prisional para a ressocialização das detentas. Ela elogiou o impacto que o Programa Mulheres Mil pode ter na vida das internas, reforçando a relevância de iniciativas educacionais no ambiente prisional. "Sozinhos, não conseguimos construir nada. É por meio de parcerias sólidas como essa que podemos oferecer novas oportunidades para essas mulheres. O Mulheres Mil chega para enxergar além dos muros, para devolver cidadãs capacitadas à sociedade, e isso tem um efeito direto na redução da reincidência", finaliza a diretora.

A expectativa é de que o Programa Mulheres Mil continue crescendo, com a possibilidade de novos cursos sendo oferecidos em unidades prisionais de outras cidades do estado. Já estão confirmados os cursos de Pintor de Obras prediais, na Casa de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia e o curso de Maquiador, a ser oferecido na Unidade Prisional Regional de Goianápolis.

Programa Mulheres Mil - É uma iniciativa que tem como principal objetivo a promoção de qualificação profissional e a inclusão social de mulheres, especialmente em situação de vulnerabilidade. O diferencial desta edição é que, pela primeira vez, as atividades serão realizadas dentro de unidades prisionais femininas, começando pelo presídio de Orizona. A ação vai além de simples cursos, sendo uma ferramenta de transformação pessoal e social para essas mulheres, que têm agora a oportunidade de traçar um novo caminho de vida após a saída do sistema prisional.



Diretoria de Comunicação Social - com inclusão de informações

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