Essa pagina depende do javascript para abrir, favor habilitar o javascript do seu browser! Ir direto para menu de acessibilidade.

Opções de acessibilidade

GTranslate

    pt    en    fr    es
Página inicial > Últimas Notícias > Autocuidado o ano inteiro
Início do conteúdo da página
Cissp

Autocuidado o ano inteiro

0
0
0
s2sdefault
Publicado: Quinta, 31 de Outubro de 2024, 15h51 | Última atualização em Segunda, 04 de Novembro de 2024, 13h09

No fim de outubro, que marca luta contra câncer de mama, servidoras relatam sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce da doença.

A servidora terceirizada Ana Paixão, 46, descobriu um nódulo benigno em consulta de rotina: "vou ao médico todos os anos, sem falta".
A servidora terceirizada Ana Paixão, 46, descobriu um nódulo benigno em consulta de rotina: "vou ao médico todos os anos, sem falta".

Com o final do mês de outubro, que marca a luta contra o câncer de mama, o Instituto Federal Goiano (IF Goiano), por meio da Comissão Interna de Saúde do Servidor (Cissp), deixa um alerta a todas as mulheres sobre a necessidade da prevenção e diagnóstico precoce da doença. Pode parecer clichê, mas não é: fazer o autoexame regularmente e manter as consultas ao ginecologista em dia salvam vidas.

Assim garante a médica do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (Siass) Aline de Melo Rocha. A servidora é doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal de Goiás (UFG) e estuda sobre o assunto. Ao avaliar dados Sistema Único de Saúde (SUS), Aline constatou que mulheres entre 40 e 49 anos têm uma proporção elevada de estadiamento  avançado quando chegam ao tratamento, precisando, portanto, de intervenções mais invasivas. O estadiamento é a determinação do local e da extensão do câncer.

A hipótese da médica é que, por não terem acesso a exames fundamentais para a detecção do câncer de mama nessa faixa etária, elas deixam de conseguir um diagnóstico precoce. Atualmente,  o Ministério da Saúde preconiza fazer mamografia, pelo SUS, em mulheres entre 50 e 69 anos. E mesmo entre essa faixa, Aline explica que a quantidade de exames realizados em todas as regiões brasileiras está abaixo da recomendada pela Organização Mundial da Saúde. Os dados da pesquisa evidenciaram, ainda, que durante a pandemia houve aumento  do número de mulheres diagnosticada com câncer de mama em estágio avançado e redução nos números de mamografias realizadas.

Foi justamente nessa época que a servidora Sandra Zago Falone, 49 (foto), docente do Campus Trindade, foi surpreendida pela notícia que nenhuma mulher quer ouvir. Apesar de adepta do combo alimentação saudável, exercícios físicos e exames regulares, demorou um pouco mais a visitar o ginecologista em função da pandemia, e, em agosto de 2021, levou um grande susto ao descobrir um nódulo de dois centímetros na mama esquerda.

 

"Quem procura acha, quem acha, cura", defende a professora Sandra Zago Falone, 49.

 

Daí pra frente, foram diversos novos exames até o diagnóstico definitivo: um tumor de alta agressividade, porém em estágio inicial. “A ficha só caiu quando fui fazer a biópsia, pois eu não sentia nada, o nódulo era profundo, não palpável”, explica. Sandra passou por 16 quimios e, após um teste genético indicar mutação que dava a ela 80% de chances de desenvolver a doença ao longo da vida, optou pela adenomastectomia bilateral, ou seja, cirurgia para a retirada das duas mamas, preservando e pele e os mamilos. “O resultado ficou excelente”, elogia ela, que após o fim do tratamento segue fazendo o rastreamento.

Assim como Sandra, a terceirizada Ana Cleide Paixão Pereira Silva, 46, não dá brecha para o azar e realiza constantemente seus exames. Ela também foi descobriu um nódulo na mama esquerda em plena pandemia, no ano de 2020. Entretanto, após consulta com especialista e biópsia, constatou que não era câncer e, desde então, faz acompanhamento periódico. “Minha mãe me ensinou a ser sempre vigilante com minha saúde, vou ao ginecologista todos os anos, sem falta”, explica.

Ato de amor – Casos como os de Sandra e Ana comprovam a tese de que há medidas para levar ao diagnóstico precoce. Foi-se a época, portanto, em que o câncer era considerado uma sentença. “Existem muitas medicações novas que trazem altíssimas probabilidades de cura”, justifica a médica do Siass. No entanto, ela reforça a importância do autocuidado, considerado um ato de amor. “Analise seu estilo de vida, conheça a sua mama pelo toque, mantenha as consultas de rotina e, caso perceba qualquer sintoma, procure imediatamente um médico, mesmo que você tenha ido há pouco tempo ao ginecologista", enumera. Também cabe lembrar do cuidado com a saúde mental para a prevenção e, se for o caso, durante o tratamento. 

“Quem procura, acha, mas quem acha, cura”, complementa Sandra, ao relembrar os 11 meses em que parou sua vida para se cuidar, momento em que contou com o apoio e carinho dos familiares, amigos, além de alunos e servidores da Instituição, fortalecendo laços que procura cultivar. Além disso, a servidora aumentou a quantidade de exercícios e busca levar uma vida menos acelerada. “Parei de cobrar tanto de mim, busquei a autocompaixão, o mundo lá fora já nos cobra demais”, ensina a professora.

Ação – A Cissp realizou, durante o mês de outubro, na Reitoria, visitas a todas as servidoras e terceirizadas para entrega de material de divulgação sobre o autoexame das mamas. O objetivo foi contribuir para a conscientização e aumento do autocuidado das mulheres que trabalham no IF Goiano.

 

Rosa o ano todo: saiba mais sobre o câncer de mama

Como prevenir

Alimentação saudável, evitando consumo de processados e ultraprossessados (fast food e embutidos, por exemplo), além de bebidas alcoólicas.

Exercícios físicos regulares, tanto de força (musculação, pilates, treinamento funcional), quanto aeróbicos (caminhada, corrida, bicicleta etc).

Manter peso adequado: o excesso de peso interfere com hormônios femininos, aumentando a predisposição de alguns tipos de câncer.

 

Como detectar

20 aos 39 anos – autoexame; consulta anual com ginecologista.

40 a 74 anos – autoexame; consulta anual com ginecologista; mamografia e ultrassonografia (se necessário).

Após 75 anos – caso tenham bom estado de saúde, é importante que continuem fazendo o rastreamento.

 

Principais sintomas 

Nódulos ou caroços duros, irregulares ou mesmo macios e arredondados, sem dor.

Pele com alteração na região do tumor, aspecto casca de laranja, com furinhos, ou repuxada

Saída anormal de líquido escuro ou com sangue dos mamilos

Nódulos palpáveis no pescoço ou axilas.

 

Tenho sintomas, o que fazer?

A presença de sintomas não significa câncer. Mas é necessário buscar imediatamente ajuda médica especializada de um ginecologista ou mastologista, para investigação.

Fonte: Aline Melo Rocha, médica do Siass.

 

Diretoria de Comunicação Social

Republicada com edição e correção de informações

 

registrado em:
Fim do conteúdo da página