Exposição em estandes reúne produtos e informação

Quer um doce aí? Ou quem sabe um colorido tapete, um vinho, pano de prato ou artesanato? Isso e muito mais é o que vê quem visita os estandes montados na quadra coberta do Campus Urutaí, sede da 14ª edição da Feira Agro Centro-Oeste Familiar. O senhor Jabes Bueno de Oliveira, de Pires do Rio, está aqui desde o período da manhã e fica até o final do evento. Trabalha há 10 anos na fabricação de produtos da medicina alternativa, como as "garrafadas para infecção em geral e as depurativas". Ele, que está gostando de participar da Feira, conta que já trocou experiências com outros expositores. "Vim para aprender, ensinar e divulgar os produtos", explica.

Órgãos como o Ministério da Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Pesca (MAPA) também estão presentes na exposição com cartazes e informativos para o público adulto e infantil. Ao lado, a Federação dos Trabalhadores (as) na Agricultura Familiar de Goiás (Fetraf) participa com venda de amendoim vermelho e preto, milho de pipoca roxo e amarelo e distribuição de feijão de porco para adubagem verde.

Logo mais a frente, está o Movimento Camponês Popular (MCP) com exposição de sementes crioulas, aquelas que não sofreram mutação genética e que o melhoramento é resultado de seleções feitas por camponeses e camponesas ao longo da história. Essas sementes são importantes porque é o campesinato que detém o patrimônio genético e, portanto, pode ter autonomia sobre as sementes e dar continuidade ao trabalho de geração em geração. José Melchior de Souza é dirigente político do MCP e já participou de cinco edições da Agro Centro-Oeste Familiar. Para ele, o evento promove uma troca grande de experiências porque reúne muitas pessoas da agricultura familiar.

A Associação dos Artesãos de Orizona (ASDAO) também marca presença com a exposição de trabalhos manuais feitos por seus 20 associados. Simone Pereira de Sousa é sócia-fundadora da ASDAO, criada há 10 anos, e conta que já é costume deles participar de feiras em outros municípios como Rio Verde, Goiânia, Anápolis e Brasília. Está na torcida pelo bom desempenho nas vendas, que, segundo ela, melhoram no último dia, quando as pessoas compram e já levam para casa. Simone pretende participar de oficinas e, para isso, já tem até estratégia: trouxe uma colega da associação para revezar o atendimento. Assim, enquanto uma fica no estande, a outra visita as atividades da Feira. "A gente vem para vender, mas também para aprender", enfatiza.

Os cinquenta estandes montados no Campus Urutaí permanecem até o final do evento, na tarde do dia 29 de abril. Por isso, não perca essa oportunidade de saber mais sobre agricultura familiar e também conhecer os artesanatos de vários municípios de Goiás e até do estado do Pernambuco. Fique por dentro da programação em www.ifgoiano.edu.br/agrocentro .