Entre as iniciativas discutidas, um projeto, ainda em estruturação, por enquanto apelidado de Corredor Cultural, propõe a integração de projetos culturais já existentes nessas universidades, por meio da circulação de apresentações artísticas nas cidades do Centro-Oeste que possuem câmpus das Instituições de Ensino Superior. A pró-reitora de Cultura e Extensão da UFG, Giselle Ottoni, explica que, além do intercâmbio cultural entre universidades, a ideia é “permitir que os estudantes de graduação possam ter essas atividades de extensão consideradas na integralização de seus currículos e contribuir para formação de público e para divulgação cultural nas cidades que serão contempladas”. Já o pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência da UFMT, Fabrício Carvalho, enxerga no projeto uma oportunidade para que os estudantes de graduação nas áreas de artes possam ter contato com o mercado profissional, no encontro com o público das universidades.

Brasília (UnB), também integrante do Corredor Cultural, de apresentação musical promovida pela UFMT. Por enquanto, as universidades realizarão o mapeamento dos principais projetos culturais que poderão ser colocados para circulação, da estrutura das instituições para recepção dos artistas que se apresentarão e dos cursos nas áreas de artes que poderão contribuir na iniciativa. Segundo Giselle Ottoni, experiência semelhante teve êxito na região Sudeste, o que traz boas expectativas para pró-reitores. “Pretendemos, em 2016, estar com uma agenda de circulação para que o Corredor Cultural possa ser consolidado”, adianta.

Para o pró-reitor de Extensão do IFG, Sandro Ramos Lima, conhecer as ações de extensão em cultura que estão sendo desenvolvidas por cada instituição é essencial para pensar propostas e a partir daí as formas de atuação. “Nesse primeiro momento, temos que constituir o projeto e fazê-lo acontecer com pequenas apresentações”, defendeu. Ele pontuou ainda que, a partir daí tem-se o ponta pé para o estabelecimento de parcerias com governantes.

Plano Nacional de Educação - Outro dos assuntos discutidos na reunião diz respeito às diretrizes estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) em relação à extensão universitária. Uma das metas do plano determina que, até 2024, 10% da carga horária dos estudantes de graduação seja dedicada às atividades de extensão. No esforço para cumprir a proposta, os pró-reitores aproveitaram para discutir formas de viabilizar a creditação e a realização dessas atividades para que elas venham integralizar a carga horária curricular dos estudantes. “Essa reunião é importante para que venhamos compartilhar as situações, problemas e soluções das instituições e nos prepararmos para contribuir com o desenvolvimento da extensão em nível nacional”, argumentou Giselle Ottoni. Segundo ela, as discussões serão encaminhadas para a próxima edição do Forproex.

Fonte: Portal UFG (texto por Serena Veloso e fotos por Camila Caetano)